A vitamina D é um importante componente para o organismo do ser humano, envolvida com o metabolismo dos ossos, cabelos e unhas, além de influenciar no cálcio do corpo.
A deficiência dessa substância pode ocasionar indisposição, fadiga, doenças inflamatórias e alterações no metabolismo ósseo, podendo até estar associada à osteoporose.
"Com as campanhas de diminuição da exposição solar por vários fatores, além de os períodos de melhor absorção da Vitamina D serem os horários que a maioria das pessoas estão trabalhando em ambientes fechados, a taxa de pacientes com deficiência de vitamina D vem aumentando", explica a médica dermatologista Thamiris Gorga.
Maria Gil Alvarenga Flôr, de 64 anos, aposentada, mora em apartamento sem sacada e não realiza muitas atividades ao ar livre, a que atribui a deficiência da vitamina D.
Ela faz a suplementação há seis anos. Não notou nenhuma diferença no corpo, na disposição e humor quando descobriu que estava com a deficiência da substância.
"Eu visito a endocrinologista a cada seis meses e faço exame da vitamina D, mas sempre preciso aumentar a dosagem da suplementação ou continuar tomando a mesma. Não tive um momento em que parei de tomar por suplemento", descreve Maria Gil.
De acordo com um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Fiocruz, 875 mil brasileiros acima de 50 anos possuem deficiência de vitamina D e outros 7,5 milhões dessa faixa etária apresentaram taxa inferior ao suficiente.
Uma pesquisa de 2011 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que uma das maiores carências de substâncias do brasileiros é da vitamina D.
Conforme a dermatologista Thamiris, a principal forma de obtenção natural é com a exposição aos raios solares, principalmente o UVB entre as 10 e 16 horas.
Porém, a exposição solar nesse horário deve ser controlada, devido ao risco aumentado de doenças de pele como os cânceres, além do envelhecimento.
A deficiência de vitamina D está associada a doenças inflamatórias como psoríase, vitiligo, tireoidites, mal-estar, fadiga e, em casos mais avançados, até a osteoporose.
"A indicação de suplementação deve partir da dosagem no sangue de vitamina D e seguir os protocolos de cada médico. A dosagem de Vitamina D deve fazer parte do check-up anual de todos os pacientes", explica a médica.