O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) tem novo problema pela frente. Ele foi condenado pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior, da 2ª Vara Criminal, a dois anos, quatro meses e 15 dias de reclusão em regime aberto, bem como pagar multa de 20 salários mínimos.
O deputado foi condenado por "crime de ódio" por um comentário feito no dia 30 de setembro de 2018, onde disse que não via a hora de Jair Bolsonaro vencer as eleições.
"Não vejo a hora do Bolsonaro vencer as eleições e eu comprar meu pedaço de caibro para começar meus ataques. Ontem nas ruas de todo o país vi muitas famílias, mulheres e crianças destilando seus ódios pela rua, todos sedentos por um apenas um pedacinho de caibro pra começar a limpeza étnica que tanto sonhamos!", postou.
No entendimento do juiz, Tavares, no mínimo, assumiu o risco de induzir as pessoas a praticarem discriminação ou preconceito étnico e racial. Ele pontuou que no texto não há indicativos de ironia.
Procurado pela reportagem, Tavares disse que vai recorrer da decisão e falou em ditadura. Ainda associou o caso a críticas que tem feito à gestão da Cassems e oposição ao PSDB e PT.
"Em menos de 1 semana o PT mandou a Polícia Federal fazer busca na casa da minha assessora. O MPF pediu a cassação do meu mandato de Deputado. Um Juiz me condenou por crime de ódio por fazer piada irônica no Facebook. Vão tentar de tudo para me destruir, mas esse é o preço que vou pagar por mexer no vespeiro de fiscalização na Cassems, de bater de frente com as raposas velhas do PSDB e por fazer oposição ferrenha ao PT. Vivemos uma ditadura no Brasil", declarou.