O boletim atualizado na manhã desta terça-feira (12) aponta que o estado tem 925 pessoas feridas e 25.311 fora de casa em decorrência dos problemas causados pela chuva. O estado tem 97 cidades afetadas de alguma maneira.
O aeroporto internacional de Porto Alegre tem atrasos e cancelamentos desde segunda (11). Nesta terça, são oito voos cancelados. Os passageiros enfrentam filas e espera para tentar embarcar para seus destinos.
De acordo com o Climatempo, a previsão para o Rio Grande do Sul é de dia nublado com chuva forte, que deve diminuir de intensidade durante a noite.
O governo gaúcho estima em 340 mil o total de afetados pelos temporais. Uma força-tarefa com cerca de 900 servidores atua nas buscas, resgates, identificação de corpos e reparos na infraestrutura.
Os corpos das vítimas estão sendo reconhecidos pelo Instituto Geral de Perícias em Porto Alegre e em cidades do interior.
A liberação para os velórios depende de uma normalização mínima na rotina das cidades afetadas, que chegaram a ter mais de 80% de sua área urbana submersa.
DOAÇÕES E FINANCIAMENTOS
Na sexta (8), o governo federal anunciou o repasse, via prefeituras, de R$ 800 por cada desabrigado e o envio de 20 mil cestas básicas.
Na quinta (7), a gestão Lula já havia reconhecido o estado de calamidade pública, conforme solicitado pelos municípios atingidos pelos temporais para simplificar os processos de compras e contratações, e acelerar a resposta à destruição. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os prejuízos chegam a R$ 1,3 bilhão.
Em reunião com prefeitos das cidades afetadas, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a liberação de R$ 1 bilhão em financiamento por meio do banco estatal Banrisul. Desse total, cerca de R$ 300 milhões serão destinados ao setor agrícola, que segundo o governador foi um dos mais prejudicados pelas enchentes. Outros R$ 500 milhões serão destinados a empréstimos para prefeituras e R$ 100 milhões serão voltados para o financiamento imobiliário.
O plano de reconstrução do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, poderá mudar consideravelmente o mapa dos municípios afetados pela enxurrada da última semana.
A partir de um censo de residências destruídas, o governo gaúcho promete liberação de recursos para a reconstrução, mas não necessariamente na mesma localidade. Ao longo dos próximos meses, o Plano Diretor dessas cidades poderá ser modificado para prevenir novas tragédias.
Cidades que foram varridas pela enxurrada mesmo em suas áreas centrais como Roca Sales e Muçum, poderão ter uma geografia praticamente nova ao final da reconstrução.