O presidente Vladimir Putin pediu a um ex-auxiliar de Yevgeni Prigozhin, fundador do grupo paramilitar Wagner que criticava o chefe de Estado russo e que morreu em um acidente de avião no final de agosto, para que trabalhe na formação de voluntários para os combates na Ucrânia. “Durante a última reunião, conversamos sobre o fato de que estará envolvido na formação de unidades capazes de executar diversas missões de combate, principalmente, é claro, na zona da ‘operação militar especial’ na Ucrânia”, disse Putin a Andrei Troshev na quinta-feira, 28, segundo um comunicado do Kremlin divulgado nesta sexta-feira, 29. Putin destacou que Troshev, apelidado de “Sedoi”, ex-colaborador próximo de Prigozhin no grupo Wagner, tem experiência para coordenar esse tipo de missão, três meses após a tentativa frustrada de motim do grupo paramilitar na Rússia. Os homens do grupo Wagner liderados por Prigozhin estiveram na linha de frente no leste da Ucrânia, em particular na batalha pelo controle da cidade de Bakhmut, capturada pelos russos em maio, após quase um ano de combates violentos. Depois de virar um rival do presidente russo com a tentativa de motim armado, Prigozhin e vários colaboradores morreram na queda de seu avião privado durante uma viagem entre Moscou e São Petersburgo no final de agosto.
*Com informações da AFP.