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Polícia

Grupo reflexivo com agressores de violência doméstica quer evitar reincidências em Corumbá

Reuniões semanais fazem parte da medida protetiva.


Foto: Reprodução internet
Reuniões semanais fazem parte da medida protetiva. Profissão Repórter desta terça (26) mostrou como funcionam serviços de atendimentos às vítimas em SP e no MS. Grupo reflexivo com agressores de violência doméstica quer evitar reincidências em Corumbá

Toda semana, um pequeno grupo de homens se reúne em um auditório vazio da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Corumbá. Por cerca de uma hora, eles participam de uma palestra, com roda de conversas e momentos para reflexão.

A dinâmica é conduzida por facilitadores e lembra uma terapia em grupo. Com diferentes idades e profissões, todos têm algo em comum: são agressores da própria família e estão cumprindo medida protetiva.

O Profissão Repórter desta terça-feira (26) mostrou como funciona a rede de serviços de proteção à mulher na cidade de Corumbá. A repórter Nathalia Tavolieri e a repórter cinematográfica Gabi Vilaça acompanharam uma das reuniões do Projeto Paralelas, criado pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul, em parceria com a UFMS.

"O objetivo do projeto Paralelas é que o agressor, já em sua primeira denúncia, possa refletir sobre a sua masculinidade tóxica e não reincidir na violência doméstica. É uma oportunidade de refletir, pensar e recalcular a rota de suas vidas", afirma Maria Angélica Biroli, professora de direito da UFMS - campus Pantanal.

Segundo o promotor Pedro de Oliveira Magalhães, não são todos os agressores que podem participar dos encontros do grupo reflexivo. Feminicidas e agressores que cometeram crimes de alta periculosidade, por exemplo, não têm acesso ao projeto.

"No Paralelas, canalizamos os recursos para atender agressores de média ou baixa periculosidade, que mantêm algum vínculo duradouro com as vítimas, como filhos em comum. As grandes beneficiárias do projeto são as vítimas. O público-alvo são os homens agressores - para que não voltem a agredir as mulheres", explica ele.

As reuniões semanais são parte da medida protetiva e quem se ausentar sem justificativa pode ser preso.

"Com esses encontros, busca-se que eles reflitam sobre os comportamentos agressivos e compreendam o que é a violência doméstica", conclui o promotor.

Assista ao programa completo:

Profissão Repórter, 26 de setembro
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