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Telescópio James Webb captura imagens inéditas de Marte

Por Midia NAS em 19/09/2022 às 17:40:31

As capturas são resultados da posição do James Webb. Da forma como está localizado, ele consegue registrar imagens do lado do planeta iluminado pelo Sol. Com isso, é possível analisar fenômenos que ocorrem em curto prazo, como tempestades de poeiras e alterações sazonais. O feito do satélite também colabora com que cientistas estudem fenômenos que acontecem em diferentes momentos do dia do planeta marciano.

Em uma das imagens do planeta vermelho, é possível observar os anéis da cratera Huygens, que possui cerca de 450 km de diâmetro no solo de Marte. Nessa mesma foto, a Syrtis Major, uma rocha vulcânica escura, e a bacia Hellas também são aparentes.

Na segunda imagem, o telescópio capturou imagens de emissão térmica. Nesse caso, a foto mostra a luz que o planeta emite à medida que ele perde calor.

"A região mais brilhante do planeta é onde o Sol está quase em cima, porque geralmente é mais quente. O brilho diminui em direção às regiões polares, que recebem menos luz solar, e menos luz é emitida do hemisfério norte mais frio, que está passando pelo inverno nesta época do ano", explica a Nasa.

Variações sutis de brilho de todo o planeta também foram coletadas. Segundo a Nasa, astrônomos irão estudar esses dados no futuro. Mesmo assim, uma análise preliminar já traz informações sobre poeira, nuvens geladas, os tipos de rochas presentes na superfície de Marte e a composição da atmosfera do planeta.

A agência afirma que esses dados em conjunto com as imagens capturadas serão úteis para pesquisas no futuro sobre "as diferenças regionais em todo o planeta e da procura de traço de gases na atmosfera, incluindo metano e cloreto de hidrogênio".

Ajustes foram feitos O James Webb precisou passar por alterações para capturar as novas imagens. Isso aconteceu porque o satélite tem uma grande sensibilidade para captar as luzes visíveis (que olhos humanos conseguem enxergar) e infravermelhos. Além disso, Marte é um dos corpos celestes que mais emitem essas luzes.

Assim, astrônomos precisaram ajustar o James Webb para que o equipamento registrasse adequadamente as imagens do planeta. O satélite só mediu parte das luzes que atingiram o sensor e técnicas de análises de dados também foram aplicadas.

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