Durante a capacitação, os participantes trabalharam ações voltadas ao preenchimento dos formulários de cadastramento, sistemas de informações e principalmente o alinhamento do trabalho. As equipes também foram até às unidades acompanhar o trabalho dos entrevistadores, esclarecer dúvidas e alinhar as ações.
Segundo a assistente social e técnica Paula Ribeiro, a oficina foi importante para reciclar o conhecimento dos entrevistadores, garantindo a fidelidade das informações, já que este ano o Governo Federal fez uma série de mudanças nos procedimentos de cadastro com o objetivo de evitar inconsistências nas informações.
"Essas medidas ajudam a garantir que realmente apenas as pessoas em vulnerabilidade social sejam atendidas pelos programas do governo", disse a técnica.
Entre as principais mudanças ela destaca os novos documentos exigidos para as pessoas com cadastro unipessoal e a alteração automática de renda feita quando o Governo Federal considerar necessário após o cruzamento de dados, apesar de a renda ser autodeclaratória.
Para a entrevistadora social, Shirley dos Santos Espinoza, que atua no Cras Guanandi, as capacitações abriram portas para esclarecimento de dúvidas que surgem no cotidiano. "Elas dão mais segurança pra gente trabalhar e exercer com responsabilidade a nossa função. O fluxo que eles estabeleceram deu norte ao nosso atendimento, facilitando no momento da entrevista do cadastro único", pontuou.
O Programa
Desde 2003, o Cadastro Único se tornou o principal instrumento para a seleção e a inclusão de famílias de baixa renda em programas federais, sendo usado obrigatoriamente para a concessão dos benefícios do Programa Bolsa Família, da Tarifa Social de Energia Elétrica, do Programa Minha Casa Minha Vida, entre outros.
Também pode ser utilizado para a seleção de beneficiários de programas ofertados pelos governos estaduais e municipais. Por isso, ele funciona como uma porta de entrada para as famílias acessarem diversas políticas públicas.
A execução do Cadastro Único é de responsabilidade compartilhada entre o governo federal, os estados, os municípios e o Distrito Federal. Por ser um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, é fundamental as capacitações permanentes para atualizar os técnicos quanto às alterações no sistema, pois dessa forma o Governo Federal pode conhecer melhor a realidade socioeconômica dessa população.