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Guerra de Israel: Itamaraty confirma a morte de brasileira que estava desaparecida

A carioca Karla Stelzer, de 42 anos, é a terceira vítima brasileira da guerra entre Israel e Hamas.

Por Midia NAS em 13/10/2023 às 12:43:19
Foto: Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

Karla estava desaparecida desde que participou de um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza, no último sábado (7). A brasileira tinha cidadania israelense e morava no país com o filho, de 19 anos, que faz parte do Exército local.

Até a confirmação da morte, a diplomacia brasileira trabalhava com a hipótese de Karla estar entre os reféns capturados pelo Hamas.

A teoria ganhou força depois que o porta-voz das Forças de Defesa israelenses, Jonathan Conricus, afirmou, em transmissão nas redes sociais, que havia, entre os cidadãos sequestrados pelo Hamas, pessoas com dupla nacionalidade, inclusive brasileiras. A informação ainda não foi confirmada.

“Também recebemos essa informação e estamos procurando verificá-la. Não temos confirmação de que há reféns com nacionalidade brasileira”, informou o secretário de África e de Oriente Médio do Itamaraty, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, no dia que Conricus fez a declaração.

Outras vítimas

Além de Karla, outros dois brasileiros também foram vítimas do ataque. Todos participavam de um festival de música eletrônica em Re’im, região próxima à Faixa de Gaza. Os terroristas invadiram o local com paragliders motorizados e abriram fogo contra milhares de jovens que se divertiam no local.

A primeira vítima confirmada foi Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos. Ele estava na mesma festa acompanhado de amigos e da namorada. O jovem morava em Israel havia sete anos e chegou a servir no Exército do país.

Ele chegou a compartilhar nas redes sociais imagens do primeiro dia do festival, que aconteceu na véspera dos ataques.

A jovem Bruna Valeanu, de 24 anos, foi a segunda vítima encontrada. Bruna morava apenas com a mãe e a irmã no país do Oriente Médio. Uma corrente de solidariedade se formou durante o enterro da jovem, que ocorreu no dia 10 de outubro.

Para seguir tradição judaica do minyan, que exige a presença de pelo menos dez homens com mais de 13 anos em algumas cerimônias, a família pediu ajuda à população israelense. Eylon Levy, ex-conselheiro internacional da Presidência de Israel, esteve presente na cerimônia e registrou ruas tomadas com pessoas.

“As pessoas abandoaram os carros na rodovia e estão caminhando até o funeral de uma completa estranha porque querem confortar a família. Tudo isso sob a ameaça de mísseis. A humanidade pode ser desprezível, mas também consegue ser maravilhosa.”

A guerra

O grupo palestino Hamas lançou no sábado (7) mais de 5.000 foguetes em direção a Israel e sequestrou corpos de soldados israelenses mortos em confrontos na fronteira, afirmou a ala militar da organização islâmica, enquanto Israel declarava estado de alerta de guerra.

O Departamento de Estado dos EUA classifica, desde 1997, o Hamas de organização terrorista. Militantes do grupo conseguiram se infiltrar no país, inclusive com o uso de parapentes. Eles mataram e sequestraram civis e militares.

O conflito chegou ao sétimo dia no sábado (11), com 2.800 mortos. Ao menos 150 civis foram sequestrados. A ONU calcula que mais de 338 mil pessoas tenham sido forçadas a deixar suas casas na Faixa de Gaza nos últimos dias.

*com informações R7

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