A guerra entre Israel e Hamas escalou neste domingo, 15, e aumentou o nível de tensão entre os atores envolvidos. A entrada do gripo terrorista libanês Hezbollah — considerado muito mais poderoso que seu aliado palestino — parece iminente, sobretudo após o lançamento de cinco mísseis ao território israelense (a conta é das Forças de Defesa de Israel). Disparados de Ayta a-Shaab, cidade ao sul do Líbano que faz divisa com Shtula na Linha Azul (uma demarcação de fronteiras estabelecida pela ONU em 2000), os foguetes do Hezbollah mataram uma pessoa e feriram outras três. O Exército de Benjamin Netanyahu respondeu, mas afirma que não quer entrar em guerra com os terroristas libaneses. Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, divulgou um vídeo dizendo que não há interesse de Tel Aviv iniciar um novo conflito com o Hezbollah, mas advertiu os extremistas para as consequências.
Em meio à ameaça que vem do Líbano, o Irã faz ameaças cada vez mais preocupantes para Israel e seus aliados. “Não podemos descartar que o Irã decida se envolver diretamente de alguma forma. Temos de nos preparar para qualquer eventualidade”, declarou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à CBS. De fato, Teerã dá sinais cada vez mais claros de que entrará na guerra, embora negue as acusações americanas de estar por trás do ataque do Hamas no último dia 7 de outubro. “Se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho”, afirmou o chanceler Hossein Amirabdollahian.
A fim de mostrar que os agressores de Israel podem pagar caro, os Estados Unidos tentam demonstrar força por meio de palavras e ações. No sábado, 14, o segundo porta-aviões americano deixou a costa do país em direção ao Mar Mediterrâneo. Lá, o USS Dwight D. Eisenhower se juntará ao USS Gerald R. Ford, o maior navio de guerra do mundo. “O presidente [Joe Biden] enviou uma mensagem muito clara a qualquer Estado ou entidade que tente tirar vantagem desta situação”, declarou Sullivan. Também neste domingo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA estão “preocupados” com o conflito. “Não queremos ver outro grupo terrorista, como o Hezbollah, ampliando isso e abrindo frentes para distrair a atenção da luta contra o Hamas”, afirmou, em entrevista à Fox News.
*Com informações da AFP