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Educação

UFMS está entre as três universidades federais com mais professores negros e pardos

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está entre as três instituições federais de ensino superior com o maior número de professores cotistas, com 3,7% do corpo docente formado por pesquisadores que ingressaram por meio de ações afirmativas.


Foto: Reprodução internet

O reitor Marcelo Turine destacou a importância do resultado para a Instituição. "Desde 2016, a atual gestão da UFMS tem a prioridade de investir no fortalecimento do ambiente institucional, com ênfase ao respeito, à diversidade e à pluralidade, o que é demonstrado pelo indicador de cotas, como um sinal do trabalho para reparação histórica por meio do incentivo ao ingresso no time da universidade de todas as raças e etnias, fortalecendo a formação de nossos estudantes. Na nossa gestão definimos critérios claros e rígidos para as vagas reservadas nos concursos públicos de docentes e técnicos e temos muito para expandir ainda", afirmou.

O resultado representa o reconhecimento do trabalho da Universidade na promoção da inclusão e da diversidade no ensino superior. A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Gislene Walter da Silva, enfatiza que o destaque nacional demonstra a responsabilidade e o compromisso da Universidade nos processos seletivos, com respeito às diretrizes legais e aos princípios que regem as ações afirmativas. "Os concursos para admissão de professores do Magistério Superior são executados em sua integralidade pela UFMS, e prezamos pela imparcialidade, legalidade e transparência em todas as suas fases", declarou.

Dados do Portal UFMS em Números indicam um número ainda mais expressivo. Entre os docentes da Universidade, 17,8% se autodeclaram pardos e 3,8% negros. Entre os técnicos, 31% são pardos e 8% são negros.

A reitora da UFSB, Joana Angélica Guimarães Luz, explica que a Universidade tem um sistema de cotas que não divide as vagas por unidade, o que permite que o percentual de cotistas seja respeitado mesmo em áreas com poucos candidatos. "Esse mecanismo nos permitiu ampliar bastante o número de cotistas e garantir que a gente tivesse de fato o porcentual respeitado […] Temos discutido muito essa questão lá [na UFSB], e buscado aprimorar cada vez mais as nossas ações. A gente percebe com que a gente tem feito está surtindo efeito", completou.

O reitor da UFGD, Jones Dari Goettert, também comentou o resultado. "Nós avaliamos que foi um processo já de vários anos, mais de 10 anos que a universidade participa dessa política afirmativa de inclusão", disse. "Nós temos que transformar a Universidade e, neste caso, o corpo docente e o corpo técnico, naquilo que é a sociedade. E a sociedade é marcada pela diversidade, a UFGD, da mesma maneira, precisa fazer parte dessa sociedade o mais intensamente possível".

A lei de cotas 12.990 estabelece reserva de 20% das vagas para pessoas negras em concursos públicos federais. Segundo a reportagem, apesar da lei, a presença de professores cotistas nas universidades federais ainda é baixa, considerando o período analisado de 2014 a 2019. Só 11 universidades têm uma taxa de ingressantes por ações afirmativas acima de 1%. 

Fonte: Enap 2014-2019, por República.org

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