Os expositores criaram um abaixo-assinado que será entregue para a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) com a intenção de que o evento não pare de ser realizado. Uma das edições da Feira Bosque da Paz; neste domingo (18), ela vai estar no clima caipira.
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"Transforma o bairro em periferia", é essa explicação que os moradores do bairro Carandá Bosque estão dando para que a já tradicional Feira do Bosque da Paz seja transferida de local. O movimento cultural acontece todo terceiro domingo do mês, das 9h às 15h.
Em grupos no WhatApp, alguns moradores reclamam da pluralidade de pessoas que frequenta bairro no dia da feira. "Nosso bairro está parecendo uma vila de periferia", disse um. Além do preconceito, há pessoas que reclamam do uso do bosque por gente de outras regiões da cidade.
"Gostaria de saber o que essas 500 pessoas faziam antes de serem convidadas por pessoas tão generosas a virem a expor seus produtos no bosque da paz, que deveria ser da paz e cuidado pelos moradores, mas como muitos acham deve ser dividido", disse outro.
Print mostra morador reclamando da feira.
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Há também moradores que estão cogitando que a feira está desvaloriza as casas do bairro.
"Uma vez por mês tem o final de semana perdido, além disso, ao contrário do que falaram, tem sim desvalorização dos imóveis no entorno". A mesma pessoa completa dizendo: "O Bosque da Paz é para quem quer paz (?) Vamos deixar o bosque só para ser visitado e usado pelos moradores do Carandá".
A reclamação com a feira segue com um discurso ainda maior
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A reportagem procurou a organização da feira sobre as reclamações. Segundo Carina Zamboni, uma das pessoas responsáveis pelo evento, os expositores fizeram um abaixo-assinado quando souberam da dificuldade de manter a feira no local.
"A gente está com um pequeno grupo de moradores que quer tirar a feira do Bosque da Paz, dizem que a praça é dos moradores e não da cidade de Campo Grande. A renda é importante para essas famílias, mas tem também a parte de lazer, arte e cultura para a população. Estamos tentando nos defender, e pela permanência da feira", afirma a empresária e produtora cultural.
Carina salienta que a feira espera a ajuda do poder público, principalmente para evitar dificuldades em relação ao trânsito ao redor do evento.
"Que eles estejam, nos dias da feira, com um efetivo maior para organizar o trânsito para que a gente não cause transtorno para os vizinhos", declara a empresária.
O abaixo-assinado será entregue para a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Gabinete da prefeita Adriane Lopes, Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Fundação de Cultural de Mato Grosso do Sul (FCMS).
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