Agência gov
No último dia 20 de outubro foi celebrado o Dia Mundial da Osteoporose. A doença causa a perda de massa óssea progressivamente, deixando os ossos porosos e predispostos a fraturas. A International Osteoporosis Foundation (IOF) estima que 10 milhões de brasileiros tenham a doença, porém, apenas 20% têm ciência disso. A rede de 41 hospitais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) possui serviços de atendimento a pacientes com a doença via Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença ocorre mais em mulheres, caucasianas e após a menopausa, porém, pode aparecer em homens e em crianças. O maior risco está em pessoas com mais de 60 anos, história de fratura prévia após os 50 anos, menopausa precoce, baixo peso, história de pai ou mãe com fratura de quadril, baixo consumo de cálcio na alimentação e restrição a exposição solar. Além disso, pouca ou nenhuma atividade física, uso de cigarro ou bebida alcoólica, presença de doenças que possam resultar em perda de osso ou mesmo medicações associadas a osteoporose como uso prolongado de corticoide também aumentam o risco de desenvolver osteoporose.
Clinicamente, essas pessoas apresentam dor óssea e podem sofrer fraturas por traumas menores, que costumeiramente, não ocorreriam em pessoas sem essa condição.
Diagnóstico
De acordo com a médica Angela Leal, especialista em endocrinologia e metabologia, responsável pelos ambulatórios de Doenças Osteometabólicas e de Neuroendocrinologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), um dos hospitais da Rede Ebserh que trata a doença, a maioria das fraturas vertebrais por fragilidade são assintomáticas, sendo importante fazer sua busca ativa, contribuindo para a classificação do paciente em relação ao seu risco de fraturar novamente e impacta no tratamento.
"O diagnóstico pode ser suspeitado através de radiografias, solicitadas em outras causas e em pessoas com fator de risco, é obrigatório realizar exame de densitometria óssea, assim como dosar cálcio e outras vitaminas no sangue", destaca a médica ortopedista e traumatologista, Marina Figueiredo, da Unidade do Sistema Musculoesquelético do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), onde é realizado o diagnóstico nos pacientes em consultas de rotina, inclusive por outras queixas.
Tratamento
O tratamento vai desde atividades física até medicações, que podem ser comprimidos semanais, mensais, injeções subcutâneas ou medicações endovenosas. Desses tratamentos, a grande maioria é disponibilizado pelo SUS e em hospitais da Rede Ebserh. No Humap-UFMS foi instituído o tratamento oral, com comprimidos que podem ser retirados nas farmácias populares.
O HU-UFS, conta com ambulatório especializado em doenças osteometabólicas, sendo referência para assistência aos pacientes com fragilidade óssea, como idosos com osteoporose grave e outras patologias que afetam os ossos e com alto risco de fraturas. "O Hospital irá adquirir o aparelho de densitometria óssea, que além do diagnóstico, também é usado na prevenção e tratamento da osteoporose", disse Angela Leal. Ela enfatizou que com o novo Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) para osteoporose, que inclui tratamento para os casos graves, espera contar com arsenal terapêutico adequado para os pacientes com risco iminente de fratura.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)