O Partido dos Trabalhadores (PT) deve mesmo perder o comando da Subsecretaria de Juventude no Governo do Estado. Após duas indicações, com subsecretários que ficaram pouco tempo no cargo, o partido perdeu a preferência para um nome próximo à adjunta da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Viviane Luiza.
Viviane, inclusive, apareceu recentemente em vídeo da subsecretaria, ao lado do novo subsecretário da Juventude, Jessé Fragoso da Cruz, convocando jovens para Conferência Estadual da Juventude.
Jessé foi nomeado na semana passada, mas não foi oficializado ainda para o cargo, embora já tenha sido apresentado por Viviane como o novo subsecretário. O governo ainda tenta resolver um embaraço com o PT, que era o dono da vaga.
O veto a um novo subsecretário petista acontece justamente na vez da indicação da pré-candidata do PT à Prefeitura de Campo Grande, Camila Jara. Segundo lideranças petistas, ela foi responsável pela indicação desta vez, após fracasso das primeiras, de Vander Loubet (PT) e Zeca do PT.
O PT não anunciou o nome do indicado, mas confirmou que apresentaria ao governador Eduardo Riedel. Todavia, para surpresa dos petistas, Jessé foi nomeado e já apresentado por Viviane como o dono da vaga.
O PT chegou a pedir o comando da SETESCC em troca de apoio ao governo de Eduardo Riedel, mas acabou tendo que se contentar com as oito subsecretarias da pasta, que não têm orçamento próprio. Com a perda da juventude, coincidentemente o público forte de Camila, o partido fica com sete subsecretarias e a Agraer.
A reportagem apurou que a militância petista ainda não engoliu a nomeação, mas ninguém fala oficialmente sobre o caso. Indagado na manhã desta segunda-feira, o deputado estadual Zeca do PT, que já fez indicação para o cargo, preferiu não comentar.
O cargo está vago, oficialmente, desde o dia 10 de outubro, após exoneração de Juan de Paula Nazareth. Ele estava no cargo desde maio deste ano. Juan foi indicado pelo Partido dos Trabalhadores em maio, quando substituiu outro indicado do partido, Fernando Henrique Carvalho Miranda, que deixou a função após três meses no cargo. A exoneração causou diversas especulações por conta do pouco tempo na função e gerou várias narrativas sobre o caso. Procurado pela reportagem, na ocasião, ele disse que recebeu outro convite.