Enquanto a Bolsa de Valores do Brasil subiu 2,70% nesta sexta-feira, 3, e bateu sua maior alta diária desde maio deste ano, o dólar fechou a semana em queda, a R$4,89. O Ibovespa fechou o dia aos 118.159 pontos, seu nível mais alto desde 20 de setembro, enquanto o dólar recuou 1,49%, registrando o maior recuo diário comparado ao real desde agosto. O fraco resultado da bolsa de valores americana foi desencadeado após a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, que mostram uma economia fragilizada e sinalizam para a certeza que o Federal Reserve, o Banco Central americano, não deve trabalhar com um novo aumento da taxa de juros este ano. Com a perspectiva de menores juros nos Estados Unidos, o dólar é pressionado por mostrar uma diminuição na atratividade da renda fixa americana, fazendo com que investidores prefiram realocar seus recursos em mercados mais arriscados, como o de países emergentes. Depois de terem atingido um dos maiores patamares em 17 anos, os títulos de dez anos do governo dos EUA recuaram de 4,66% para 4,57%. Na bolsa de valores, com ativos mais voláteis, há o benefício pelo aumento do risco, o que anima os investidores aliado à possibilidade do recuo da taxa de juros.