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Brasil

Amanhã iremos às urnas, e segunda-feira "será um novo dia".


* Jota Menon

Ao nos dirigirmos, neste domingo, às urnas sagradas pela democracia, que reconquistamos há menos de 40 anos, teremos a oportunidade de reviver a crença indelével de que não nos será tirada a segurança de continuarmos pensando livremente e exercendo todos os direitos que nos asseguram o pleno estado democrático de direito.

Teremos que optar entre duas formas de conduzir uma nação que se notabiliza por seu povo alegre, ordeiro, trabalhador e honesto, apesar das piadinhas de mau gosto, e, sobretudo, amante das liberdades democráticas.

Uma dessas opções é continuar como está, apoiando um governo que prioriza o armamento do povo, em detrimento da adoção de uma política eficaz de combate ao banditismo e às milícias que resulte o aumento do sentimento de segurança pelas

famílias brasileiras; um governo que instalou uma indústria de mentiras, as chamadas fake news, acreditando na máxima do nazista Joseph Goebbels de que uma mentira contada repetidamente acaba se tornando uma verdade; um governo negacionista, que retardou a aquisição de vacinas e é acusado por organismos internacionais de ser responsável indireto pela morte de mais ou menos 300 mil brasileiros, cujas vidas poderiam ter sido salvas se agisse de imediato e não tivesse passado tanto tempo espalhando fake news sobre tratamento alternativo.
Um governo misógino, homofóbico e narcisista, que conseguiu a proeza de tornar a Pátria Amada um pária, completamente isolado pela comunidade internacional, devido à sua declarada política meio-ambientalista de “passar a boiada”, enquanto o povo brasileiro estava atento a outros acontecimentos e as queimadas destruíam áreas imensas de florestas na Amazônia, de cerrados no Centro Oeste, de mata atlântica no Sudeste e castigava impiedosamente a vegetação pantaneira aqui em Mato Grosso do Sul e no vizinho Mato Grosso.

A continuidade de um governo que troca ministros como se troca de roupa, tendo como principal motivação o fato de o auxiliar estar tomando medidas corretas, mas que não são de seu interesse; que troca a direção da Polícia Federal, admitindo que quer um diretor com quem possa “conversar” e que manda o ministro da Justiça – o cargo, historicamente, mais importante da estrutura do Poder Executivo – acompanhar a prisão de um apoiador que disparou mais de 50 tiros de fuzil contra policiais federais e atirou granadas de efeito moral, mandando dois agentes para o hospital.

Mas teremos também a segunda opção.

A segunda opção, é escolher um candidato que tem histórico democrático de luta em favor do trabalhador e que elevou a economia brasileira à condição de sexta potência econômica planetária; um governo que aumentou o poder de compra do salário mínimo, tornando-o o mais competitivo da história; que fomentou programas estudantis como o Fies e o Prouni, entre outros da área educacional, tornando os bancos das faculdades acessíveis a milhões de brasileiros e brasileiras, de todas as raças e em especial das classes sociais mais vulneráveis, pessoas que jamais teriam alcançado a graduação de nível superior não fosse essa política abraçada pelo governante.

A segunda opção, é a escolha de um candidato que, durante os oito anos de seu governo, viu, sim, vários auxiliares se envolverem em escândalos, mas, em nenhum momento pressionou a Polícia Federal e muito menos colocou a Advocacia-Geral da União a serviço da blindagem desse ou aquele servidor denunciado pelo Ministério Público.

Um governo que valorizou a cultura, através de legislação específica, como a Lei Rouanet; que apoiou os trabalhadores rurais assentados, o pequeno e o médio produtor e as centenas de comunidades quilombolas espalhadas por todas as unidades da Federação Brasileira.

Sobre ambas as opções, seria fácil elencar mais e mais qualidades e defeitos, mas vamos ficar por aqui, com a dúvida se dormiremos do domingo para a segunda-feira com a insegurança quanto à manutenção das instituições que dão suporte à democracia, mas ainda assim esperançosos de que os arroubos de autoritarismo não passaram de argumentos para agradar seus seguidores, ou se dormiremos, aliviados, com a certeza de que amanheceremos a segunda-feira crentes e convictos de que esse novo dia marcará, também, novos tempos para a nossa Democracia que está ainda engatinhando.

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