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tem que morrer na faca

Após matar a ex, homem ameaça família da vítima: tem que morrer na faca

Jeremias Ferreira Dias, 45 anos, matou ex a facadas e incendiou a casa dela; ele é procurado pelas autoridades


Jeremias Ferreira Dias, de 45 anos, procurado por matar a ex-companheira Cleyde Mara Pereira Abrantes, de 44, com golpes de faca no sábado (4), enviou áudios pelo WhatsApp ameaçando os familiares da vítima. "Pilantra tem que morrer na faca", diz trecho dos áudios obtidos pelo Campo Grande News. Jeremias é procurado pela polícia.

Naquela madrugada, Jeremias Dias invadiu o imóvel de Cleyde, em Nova Alvorada do Sul, a 110 km de Campo Grande, e ateou fogo. Na sequência, esfaqueou o atual companheiro dela que tentava apagar as chamas. Após ferir o homem, se dirigiu até a ex e a esfaqueou duas vezes, no tórax e braço.

Cleyde chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Naquela mesma unidade, enquanto os familiares esperavam notícias, Jeremias começou as ameaças. "Ele passou pela gente no hospital, egocêntrico. Meus outros familiares trombaram ele na rua logo depois, mas não conseguimos fazer nada", diz um sobrinho, que está com medo e pediu para ter o nome preservado.

Mesmo diante do luto, a família passou a sofrer ameaças constantes. Em dois áudios que o Campo Grande News teve acesso, Jeremias não demonstra qualquer arrependimento e diz para uma sobrinha de Cleyde que está "cuidando" a família da ex.

Porcaria mais do que você eu já matei, entendeu? Não vai fazer nem diferença. Brota na minha frente que cês vai ver, brota, brota que vocês vai ter, entendeu? Dá uma de loucona e brota, entendeu? Cês nem sabem de nada, tô aí só cuidando vocês de longe, entendeu? (sic)".

Em outro áudio, ele faz mais ameaças. "Pilantra tem que morrer na faca, não na bala, entendeu? Pilantra, pilantra, aqui é homem até debaixo da água, entendeu? Eu sou o que eu sou, entendeu? Cansei de falar, não desenterro defunto. (...) Eu tô pronto para matar e para morrer (sic)".


Perfil de suspeito que fez postagem ainda nesta segunda-feira. (Foto: Facebook)

A família está com medo. "A gente está se sentindo ameaçado porque não aconteceu a prisão", lamenta o rapaz. "Além disso, ele está ativo nas redes sociais, posta coisas de otimismo, é sarcástico e coisas de reflexão", conta.

Relacionamento - Segundo o sobrinho, o casal ficou junto por apenas quatro meses. As famílias dos dois se conheceram em apenas um único encontro. "Não conhecemos os familiares dele direito, só sei que tem alguns em Dourados, mas sempre desconfiamos porque ele já tinha histórico de preso", afirma o rapaz.

Cleyde era querida na cidade e trabalhava com serviços gerais em uma escola do município. "Ela fazia de tudo, era bem querida. A gente era parceiro de dança, sempre fomos muito parceiros e ela me aconselhava muito", lamenta o sobrinho.

O prefeito de Nova Alvorada do Sul, José Paulo Paleari (DEM), publicou uma nota de pesar no Facebook. "Cleyde Mara era carinhosamente conhecida como a 'Tia Cleyde do Colégio Objetivo', onde o meu filho Enry estuda, e era uma excelente servidora pública do nosso município também. Prestamos solidariedade aos familiares e amigos por esta irreparável perda e rogamos para que Deus possa confortá-los nesse momento de grande dor, em que as palavras se apequenam e o espírito busca amparo na Fé. Nossos sinceros sentimentos".


Feminicídio - Cleyde Mara estava em casa, na Rua José Bressan, com o atual companheiro, quando foram surpreendidos por Jeremias, por volta das 3h. O ex-marido invadiu o imóvel, ateou fogo na sala e em uma motocicleta Honda Biz. Ao perceber as chamas, o atual companheiro tentou apagar, mas foi esfaqueado por várias vezes.

Na sequência, Jeremias se dirigiu até Cleyde e desferiu facadas. A mulher foi atingida no braço e tórax, chegou a ser encaminhada a unidade de saúde, mas não resistiu e morreu. O companheiro dela também procurou socorro e segue hospitalizado. O Corpo de Bombeiros foi chamado e controlou o fogo no imóvel.

Ficha criminal - Jeremias Ferreira Dias já cumpriu pena por tentativa de homicídio, em março de 2012. Ele ficou seis meses preso, conseguiu liberdade provisória e após 14 dias voltou à prisão, desta vez por roubar uma adolescente.

A Polícia Civil informou que a investigação prossegue e que procura por Jeremias.

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https://www.youtube.com/watch?v=p-qVYOekpBo

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