O programa Hora H do Agro deste sábado, 11, destacou os principais pontos da reforma tributária aprovada no Senado e o que muda a partir de agora para o agronegócio. Pelo menos três especialistas afirmam que, mesmo com redução de alíquota no setor produtivo, os produtores rurais irão pagar mais impostos que atualmente. No encontro, também foi abordada a prova do Enem no último fim de semana, com questões que vilanizaram o agronegócio brasileiro. Algumas das perguntas citavam que o Cerrado está cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio, com a pragatização de seres humanos, chuva de veneno e cerco aos camponeses, além de associações da soja ao desmatamento na Amazônia. O novo alerta da agência climática dos EUA, com perspectivas de que o fenômeno El Niño vai durar mais que o esperado, e a proposta da Itália para se tornar o primeiro país do mundo a proibir alimentos criados em laboratório, alegando a preservação do patrimônio agroalimentar, também foram analisados. Confira:
Reforma tributária: entenda o que muda para o agro
O Senado aprovou nesta semana em primeiro e segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária. Foram 53 votos a favor e 24 contra, resultado considerado apertado, já que eram necessários 49 votos favoráveis. Na prática, a proposta substitui cinco impostos no Brasil: o IPI, PIS e Cofins serão substituídos pelo CBS. Já o ICMS e o ISS serão substituídos pelo o IBS. Além do IBS e CBS, que juntos são chamados de IVA, haverá também um terceiro tributo, chamado de imposto seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Confira a análise da coordenadora de jurídico e tributário da BMJ, Gabriela Rosa, sobre pontos positivos e mais sensíveis ao agro.
“O agro e a sociedade brasileira vão pagar mais impostos”
Após o Senado aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, especialistas afirmam que o texto aprovado não é positivo. Além disso, a expectativa é que o agronegócio e a sociedade como um todo irão pagar mais impostos do que atualmente. Confira a análise do vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (ABDT), Eduardo Diamantino, e do coordenador do núcleo econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon.
Viés ideológico? Enem vilaniza o agronegócio; veja as questões da prova
No último fim de semana, estudantes de todo o país realizaram o primeiro dia de provas do Enem. O exame, que é a principal porta de entrada para o ensino superior, foi marcado por críticas ao agronegócio brasileiro. Um levantamento realizado pelo programa Hora H do Agro deste sábado, 21, identificou, pelo menos, quatro questões que faziam referências negativas diretas ao setor agropecuário. As perguntas afirmavam, por exemplo, que o Cerrado está cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio, com a pragatização de seres humanos, chuva de veneno e cerco aos camponeses. Já outras perguntas associavam a soja ao desmatamento na Amazônia, o agro com a degradação do solo, entre outros. Confira a análise da presidente da Associação De Olho no Material Escolar, Letícia Jacintho, e do presidente da bancada do agro no Congresso, Pedro Lupion.
Alerta: El Niño vai durar mais que o esperado, projeta agência climática dos EUA
A agência climática dos Estados Unidos indicou nesta semana que o El Niño vai durar mais do que o esperado. Em relatório mensal, a NOAA trouxe maior ênfase à perspectiva de que o fenômeno vai se estender até o outono. Vale lembrar que o fenômeno climático tem gerado um cenário de extremos aqui no Brasil nos últimos meses. No Norte do país, a seca reduziu o nível dos rios, afetando a logística de grãos e o desenvolvimento das lavouras. Já no Sul, chuvas excessivas causaram inundações, aumento de doenças fúngicas e atraso no plantio e no manejo da safra. Confira a análise do diretor da Pátria Agronegócio, Matheus Pereira.
Itália caminha para ser 1º país do mundo a proibir carne de laboratório
A Itália caminha para se tornar o primeiro país do mundo a proibir a produção e comercialização de alimentos cultivados em laboratório, ou sintéticos. Isso porque a Câmara dos Deputados de lá deve analisar um projeto de lei sobre o tema. Entre os motivos apontados estão a garantia da proteção da saúde humana, além da preservação do patrimônio agroalimentar. Vale lembrar que a carne cultivada é produzida a partir de células-tronco retiradas por biópsia de um animal vivo, que podem se transformar em vários tipos de células. Aqui no Brasil, um projeto de lei parecido foi apresentado em setembro. Qual o futuro da carne? Confira a análise da CEO da Agrifatto, Lygia Pimentel.
Mitos e verdades sobre o uso de agroquímicos nas lavouras
O programa Hora H do Agro deste sábado, 11, analisou alguns dos mitos e verdades sobre o uso de agroquímicos. Uma das principais dúvidas é se os defensivos agrícolas utilizados nas lavouras são perigosos para a saúde de quem aplica esses produtos e para o consumidor. O diretor executivo sênior da IHARA, Clayton Veiga, revela que se as recomendações forem seguidas, pragas e plantas daninhas serão controladas e permitirão uma safra farta e segura. Entre as recomendações estão a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), aplicação de dose adequada do produto e utilização no momento correto.