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Moradores da Favela do Mandela precisam "de um pouco de tudo" para recomeçar; saiba como ajudar!

Roupas, alimentos, camas e colchões, cobertores, eletrodoméstico, brinquedos… A lista de pedidos é grande, porém, necessária para que mais de 180 famílias possam recomeçar suas vidas, após perderem tudo o que tinham em um terrível incêndio ocorrido na manhã dessa quinta-feira (16) que destruiu 90% da Favela do Mandela.

Por Midia NAS em 16/11/2023 às 19:53:01

A FAC relacionou vários tipos de protudos para serem doados, como alimentos, materiais de higiene, fraldas descartáveis, água mineral, limpeza, roupas, colchão, enxoval de cama e de banho, materiais de construção, entre outros. Muitas famílias afetadas pelo incêndio estão somente com a roupa do corpo, já que tudo foi consumido pelas chamas.

Além da FAC, um grupo de mulheres que se identificou como integrantes de um movimento solidário de uma igreja e que sempre ajudou os moradores do Mandela também colocou quatro endereços como ponto de arrecadação:

Rua Tangará da serra, 100 – Falar com Laura
Rua Antoninho Zandominigh, 7 – Falar com Jenyffer, Stefany, Leir
Rua Tangará da Serra, 61- Falar com Jessica
Av. Dos Eucaliptos, 315 – Falar com Martha

Prefeita garante suporte para as famílias

Foto: PMCG

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, esteve no local do incêndio e conversou com as famílias afetadas pelo incêndio. Na oportunidade, ela reforçou que o Executivo dará suporte para que todas consigam emitir novos documentos, assim como seguir com o processo legal de regularização da área.

"Essas famílias já estão cadastradas e serão atendidas pela Prefeitura Municipal de Campo Grande. Nós vamos seguir avançando nesse processo, que tem prazo estabelecido pela legislação. A área tem que estar totalmente legalizada para que eles possam ser removidos futuramente com indignidade", disse aos jornalistas.

Além disso, a chefe do Executivo Municipal destacou que há um planejamento com equipes prontas para dar respostas rápidas. “Vamos atender as famílias da melhor forma possível. Quem quiser ir para o abrigo irá, será bem atendido no abrigo, mas quem quiser ficar aqui, nós também vamos fazer uma estrutura segura para acolher", disse.

Moradores da Favela do Mandela precisam 'de um pouco de tudo' para recomeçar; saiba como ajudar!
Foto: PMCG

Entre as ações que a Prefeitura fará está o Programa Locação Social, voltado às famílias que ainda não foram sorteadas anteriormente em programas habitacionais de interesse social e que têm dificuldades em arcar com os custos de aluguéis provenientes do mercado imobiliário tradicional.

Após o incêndio, os moradores cujas casas foram atingidas tiveram ajuda diretamente do CRAS Estrela do Sul, situado na Avenida Pref. Heráclito Diniz de Figueiredo. A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) informou que somente nesta quinta-feira serão distribuídos em torno de 500 marmitex, 240 colchões, 400 cobertores e 50 cestas básicas.

A pasta informou ainda que até às 17h havia 147 pessoas, de um total de 46 famílias que aceitaram o acolhimento. Esse número pode aumentar se as famílias que recusaram ser acolhidas mudarem de ideia. Os acolhidos irão para a Escola Municipal Kamé Adania, localizada no Conjunto Habitacional Nascente do Segredo.

Os acolhidos terão alimentações no local, café da manhã, almoço e jantar proporcionado pelos CRAS Estrela do Sul, Vila Nasser, Vida Nova e Aparecida. A previsão do acolhimento é de dez dias a princípio, já que haverá reuniões diárias com equipes da Prefeitura.

Moradores da Favela do Mandela precisam 'de um pouco de tudo' para recomeçar; saiba como ajudar!
Foto: PMCG

Ainda segundo a Prefeitura, foi firmada uma parceria com o Exército para disponibilizar 25 barracas para as famílias que não quiseram deixar o local. Eles serão mantidos com água e comida pela atual gestão. A Guarda Civil Municipal fará a segurança para essas famílias que decidiram permanecer na favela.

Em fevereiro desse ano, a prefeita esteve no Mandela para anunciar que seria construído um conjunto habitacional na região para abrigar os moradores, que vivem em condições precárias. Na época, uma chuva alagou a área ocupada ilegalmente e provocou destruição de alguns barracos.

Entretanto, passados oito meses, a prefeita foi questionada pelos moradores que mais uma vez perderam tudo o que tinham sobre o andamento dessas obras, que sequer saíram do papel. Em resposta, Adriane Lopes disse que o projeto está na fase de regulação ambiental e que não há previsão para a próxima fase.

Moradores da Favela do Mandela precisam 'de um pouco de tudo' para recomeçar; saiba como ajudar!
Foto: PMCG

'É moroso e temos burocracias a serem respeitadas. Mas no momento do acidente vamos atender a todos que querem o acolhimento. Temos o serviços da prefeitura a toda comunidade. Ninguém vai ficar desatendido. Não tem como entrar em outra área ilegal, tirar de uma situação irregular e colocar em outra. Somos legalistas, precisamos obedecer a lei. Vamos garantir o direito de cada pessoas que está aqui", disse.

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