Na visão do treinador, um tanto incomodado com algumas perguntas, a equipe começou bem diante da Colômbia e, após abrir o marcador, ainda desperdiçou chances de ampliar. Depois, com a rival povoando seu setor ofensivo, acabou se retraindo e admitiu que a defesa decepcionou.
"A gente fez o mais difícil que era abrir o placar. E tivemos chances de fazer o segundo e o terceiro. Mas devia ter controlado melhor o jogo. Hoje tiveram pontos positivos que a gente conseguiu corrigir depois do jogo com o Uruguai, mas temos de melhor no aspecto defensivo para o jogo com a Argentina", disse o treinador, garantindo que sua equipe não recuou em campo.
"Não recuamos. Mas, em alguns momentos, a gente baixou as linhas porque a Colômbia colocou jogadores de frente e cresceu. Não foi o Brasil quem andou para trás, porém a gente tinha de marcar melhor e evitar os cruzamentos", afirmou Diniz.
Bastante questionado se a substituição de Rodrygo acabou sendo vital para a virada, o técnico se irritou e disse que o jogador do Real Madrid "não estaria na área para cortar os cruzamentos" dos gols de Luis Díaz. Ocorre que o camisa 10 vinha deixando a equipe viva na frente e sua saída acabou com o ímpeto ofensivo do Brasil. Ainda lamentou a ausência de Neymar e a lesão de Vini Júnior, mas foi enfático: "Não perdemos por isso."
Sobre um possível clima de cobranças no Maracanã, na terça-feira, Fernando Diniz mostrou-se tranquilo. "Tem de estar preparado para tudo, mas vamos jogar na nossa casa, o Maracanã, com estádio cheio e a gente vai tentar de tudo para entregar o que o torcedor espera", ponderou, convicto. "Vamos corrigir o que deu errado, principalmente na marcação e entregar um jogo melhor no setor ofensivo."
"Não tem garantia que a equipe vai ganhar da Argentina, mas vamos corrigir o que não vem dando certo e a equipe tende a evoluir e os resultados positivos vão aparecer", mostrou esperança. "Tem de analisar o que está acontecendo, não só o resultado. Ver o tanto que mexeu na equipe da Copa (do Catar) para cá, o pouco tempo que teve para treinar. Criar é mais difícil que corrigir os aspectos defensivos."