O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) ainda não conseguiu concluir a missão dada pela justiça na Operação Laços Ocultos, deflagrada na semana passada. Isso porquê uma das envolvidas, que inclusive tinha mandado de prisão contra, está foragida.
Jucélia Barros Rodrigues, gerente de convênios da prefeitura, ainda não foi localizada pela polícia e continua sendo procurada. Já o vereador Valter de Brito, que também tinha mandado de prisão, continua detido.
No total, foram 6 (seis) mandados de prisão preventiva e 44 (quarenta e quatro) mandados de busca e apreensão, nos Municípios de Amambai/MS, Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC. Os nomes dos outros presos não foram divulgados.
Segundo levantamentos do Ministério Público, a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas que possuem como objeto a contratação de obras e serviços de engenharia no Município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais.
"Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente pelo corpo técnico, detectaram superfaturamento e inexecução parcial, assim como análise realizada por órgão técnico do Ministério Público identificou pagamento de propina das empresas integrantes do grupo criminoso em benefício de agentes políticos e servidores públicos municipais responsáveis pela fiscalização das obras", informou o MPE, em nota
A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Força Tática, todos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Laços ocultos, decorre do oculto vínculo apurado entre os investigados.