O PSDB chegou a planejada meta de 50 prefeitos em Mato Grosso do Sul. O último a chegar no ninho foi o prefeito de Itaquiraí, Talles Tomazelli, filiado nesta semana. O prefeito foi bastante festejado pelos tucanos, mas não agradou a cúpula do PP, que não gostou nada de perder mais um prefeito para o PSDB.
A filiação de Thalles foi a gota d'água para azedar ainda mais a relação com o PP, que viu o PSDB crescer e reduzir outras siglas. A presidente estadual do PP, senadora Tereza Cristina, chegou a conversar com o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, para combinar alianças no Estado. Um dos compromissos era de que o PSDB não levaria mais prefeitos do PP, o que foi quebrado com a ida de Thalles.
A relação também está estremecida pelo confronto que os dois partidos terão nas duas maiores cidades de Mato Grosso do Sul. Tereza esperava apoio do PSDB para Alan Guedes (PP) e Adriane Lopes (PP), o que não acontecerá.
Em Dourados, a situação será ainda pior, porque o PSDB, além de lançar concorrente para Alan, ainda terá o ex-deputado Marçal Filho (PP) como candidato. Marçal sairá do PP, que terá Alan candidato à reeleição, para enfrentar o futuro ex-partido e com chances de vitória, já que lidera pesquisas até o momento.
O PP tem o segundo maior número de prefeitos em Mato Grosso do Sul, com 18. O partido ficaria com 17, na saída de Thales, mas receberá a filiação do prefeito de Laguna Carapã, Ademar Dalbosco (MDB).
Na sequência, aparece o MDB, com cinco. Outros quatro partidos ocupam apenas uma prefeitura: PT, em Ribas do Rio Pardo; Patriota, em Eldorado; PSD, em Fátima do Sul, e PL, em Nova Andradina.