Em depoimento, Henrick Cunha afirmou que sua renda mensal era de R$ 2 mil. Ele disse que não sabia das atividades de Gabrielle e nem ela sabia o que ele fazia.
Nas redes sociais, tanto Henrick quanto Gabrielle registravam diversas viagens internacionais. O perfil dele no Instagram tem mais de 17 mil seguidores, e dela, mais de 16 mil. Entre os destinos estão países como França, Chile, Bélgica, México e Argentina.
Não há menção às atividades financeiras dos dois atualmente em seus perfis na rede social, nem aos cursos que eles ofereciam.
A suposta plataforma de Henrick é alvo de mais de 100 reclamações sobre golpe no Reclame Aqui, site especializado para denúncias de clientes. Entre as queixas aparecem "Meu dinheiro sumiu", levei um golpe" e "empresa sumiu com o dinheiro dos investidores". Não há nenhum retorno da empresa sobre as queixas.
Henrick se define como empreendedor e afirma que está no mercado financeiro desde 2010. Gabrielle, se apresenta como nutricionista e empresária do ramo da moda.
A investigação policial
Em fevereiro, o casal fez um evento para comunicar aos investidores que suas aplicações seriam transformadas em criptomoedas. Segundo a Polícia Civil de Sergipe, o casal criou uma plataforma e incentivou que as vítimas fizessem mais investimentos.
Em abril, quando os investidores começaram a tentar resgatar os valores investidos, não o lucro, só o valor investido, foi negado e as vítimas tomaram conhecimento que se tratava de um golpe.
Delegada Maria Pureza
A Polícia Civil de Sergipe começou a investigar o casal em maio. A delegada Maria Pureza diz que "não há dúvida" de que Henrick era o divulgador e coordenador de toda a "empreitada criminosa" em total parceria com Gabrielle.
Henrick não é de Sergipe, ele é natural do Amazonas, e já vinha com a atividade criminosa. Ele conheceu Gabrielle há dois anos e começaram a atividade em Sergipe do final de 2021 pra cá.
Delegada Maria Pureza
O casal foi indiciado por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação continua em andamento para identificar outras pessoas que participaram da fraude.
A reportagem busca a defesa dos envolvidos. O texto será atualizado em caso de manifestação. A jornais locais, a defesa afirmou que ainda não teve acesso aos autos e classificou a prisão como "inoportuna" porque os suspeitos "são inocentes".
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