Mulher diz ter sido sequestrada e mantida em cárcere por quatro dias na Capital

A DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está investigando um possível caso de sequestro, ameaça, importunação sexual e cárcere privado ocorrido em Campo Grande ao longo da última semana.

Foto: Reprodução internet

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A DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está investigando um possível caso de sequestro, ameaça, importunação sexual e cárcere privado ocorrido em Campo Grande ao longo da última semana.

De acordo com a ocorrência, a vítima, de 37 anos, teria recém-chegado de viagem à Campo Grande na última quarta-feira (22) quando foi surpreendida por um desconhecido que se apresentou como motorista de aplicativo e ofereceu o serviço ‘por fora’.

A vítima foi até a casa de sua tia, no bairro Jardim Noroeste, mas no trajeto o motorista alterou a rota sem falar nada. Ao perguntar sobre o motivo, o mesmo alegou que tinha sido contrado pelo ex-marido dela e que iria levá-la até a casa dele.

No local, a mulher foi novamente surpreendida por outros dois desconhecidos que estavam armados e encapuzados. Ela disse que foi levada para uma casa que fica numa estrada sem asfalto, estreita e que o portão era vermelho.

A vítima acabou sendo rendida e colocada dentro de um quarto, sem água e sem comida. O cárcere durou quatro dias, sendo que o tempo todo os bandidos diziam que estavam esperando pelas ordens do ex-marido dela.

Ela foi ameaçada de morte várias vezes e também ouviu dos autores que seria baleada nos joelhos para não andar mais. Os homens que mantinham o cativeiro faziam uso de drogas, bebiam cervejas e também abusaram da mulher, passando a mão em seu corpo.

Somente na tarde de domingo (27), por volta das 16 horas, ela conseguiu fugir aproveitando que os homens estavam do lado de fora. Ela percorreu duas quadras, entrou em uma mata fechada e encontrou um motociclista para quem pediu ajuda.

O sujeito levou a mulher até a rodoviária novamente, no local ela pediu ajuda para uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) que a levou para a delegacia de polícia, onde o caso foi registrado.

No depoimento, a vítima relatou que há dias vinha sendo ameaçada pelo ex-marido, mas desde janeiro tem uma medida protetiva. Ainda na sua versão, logo depois que fugiu do cativeiro, os autores ligaram para ela fazendo ameaças, inclusive contra a vida do seu filho.

Não há informações se a polícia chegou a encontrar a casa que foi usada como cativeiro ou mesmo se localizou o ex-marido da vítima para prestar esclarecimentos. O caso está sendo investigado e ninguém foi preso até agora.