Integrantes da expedição da Rota de Integração Latino-Americana (RILA), participaram dos trabalhos do Fórum e ajudaram e elaborar o texto da Declaração de Tarapacá (estado chileno que recebe o evento). Durante o Fórum, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), foi escolhida para presidir o Comitê Gestor dos Municípios que compõem a Rota Bioceânica
Anderson Viegas/g1 MS
Iquique (Chile): Reuniões semestrais sobre a evolução do projeto e acompanhamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essas foram duas das principais definições do 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio, encerrado nesta quarta-feira (29), em Iquique no Chile.A próxima edição será promovida no primeiro semestre de 2024, conjuntamente por dois estados paraguaios, Alto Paraguai e Boqueirão.
Integrantes da expedição da Rota de Integração Latino-Americana (RILA), participaram dos trabalhos do Fórum e ajudaram e elaborar o texto da Declaração de Tarapacá (estado chileno que recebe o evento).
O documento, assinado por autoridades de Mato Grosso do Sul (Brasil), Alto Paraguai e Boqueirão (Paraguai), Jujuy e Salta (Argentina) e, Tarapaca e Antofagasta (Chile), ratificou o compromisso de fortalecer o Corredor Bioceânico, o destacando com uma grande oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a integração entre os estados e países participantes e, ainda melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.
Governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal
Fernando da Mata/TV Morena
"É necessário estabelecer uma governança eficaz, que unifique a gestão e dê acompanhamento. Também é necessário ter um maior contrapeso com os governos centrais para que possam medir o impacto significativo do Corredor Bioceânico no desenvolvimento global", destacou o governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal, ao ler o documento na sessão de encerramento nesta quarta-feira.
O governador ressaltou ao g1 que a megaestrada será uma rota de mão dupla para os quatro países. "O Corredor Bioceânico será uma importante ferramenta de exportação para os quatro países principalmente para a Ásia, mas também será uma grande alternativa de importação de mercadorias para essas nações em si. Vamos fazer um corredor que vai funcionar nas duas direções", afirmou, calculando que a rota esteja já em operação a partir de 2025, quando devem ser concluídas as obras da nova ponte ligando o Paraguai, por Carmelo Peralta, ao Brasil, por Porto Murtinho (Ponte da Bioceânica) e ainda concluído o trecho final da pavimentação ainda pendente no território paraguaio.
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP)
Fernando da Mata/TV Morena
Durante o Fórum, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que também participou dos trabalhos, foi eleita por unanimidade e empossada como presidente do Comitê Gestor dos Municípios que compõem a Rota Bioceânica, passando a representar todas as cidades que compõem o corredor.
"Nós estamos na terceira expedição da Rota Bioceânica, mas precisávamos dar um passo além, para ter resolutividade, para a apresentação de ações concretas. Então, ontem, na reunião dos municípios que integram o corredor, sugerimos uma governança e na apresentação dessa proposta nos escolheram para estar na presidência desse comitê, desenvolvendo ações conjuntas entre as cidades", explicou.
Assessor especial de Logística da Semadesc, Lúcio Lageman
Fernando da Mata/TV Morena
O assessor especial de Logística da Semadesc, Lúcio Lageman, destacou a importância da expedição e do fórum para o futuro da rota.
"A expedição foi muito bem sucedida. Percorremos todo o caminho, com diversos olhares e grandes desafios. Isso é uma parte do caminho que temos de trilhar. O estado tem se empenhado bastante, participado dos fóruns, porque é onde se discute de fato os eventos e ações que precisamos tomar em conjunto com os países. Neste fórum nos debatemos questões de infraestrutura, questões de alfândega, de saúde, de ensino com as universidades e captação de novos recursos para fazer investimentos ao longo da Rota Bioceânica. Neste momento a avaliação que o governo de Mato Grosso do Sul faz é muito positiva com várias ações para estarmos implementando em 2024 e 2025".
Cláudio Cavol, Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS),
Fernando da Mata/TV Morena
Cláudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), entidade que promove a expedição também avaliou como muito positivo o desempenho da comitiva.
"Chegamos a Iquique sem nenhum problema maior que pudesse causar preocupação. Uma adversidade enfrentada antes, foi que dois dias antes que saíssemos de viagem caiu 120 milïmetros de chuva no Chaco Paraguaio, justamente nesse trecho da rodovia que não tem asfalto ainda. Com uma chuva desse porte, em uma região que chove anualmente 240 milïmetros por ano, é possível imaginar os estragos. Poir isso, tivemos problemas com alguns atoleiros, mas que foram facilmente ultrapassados por nossas caminhonetes. Chegamos no Chile e estamos muito felizes pela acolhida dos outros países e pela participação importante de integrantes da expedição no fórum", concluiu.
Nesta quinta-feira, a expedição prossegue. O grupo sai de Iquique e vai viajar 962 quilômetros até San Salvador de Jujuy, na Argentina, onde a comitiva tem na sexta-feira reuniões com empresários, autoridades locais e representantes de instituições de ensino e pesquisa.
Expedição da RILA deixa a cidade de Iquique (Chile) nesta quinta-feira e segue para San Salvador de Jujuy (Argentina)
Anderson Viegas/g1 MS