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Esporte

Ministra francesa lamenta morte de torcedor e pede reação 'global' contra violência no futebol

A morte de um torcedor do Nantes antes de uma partida do Campeonato Francês, no sábado, gerou repercussão no governo do país europeu.


A morte de um torcedor do Nantes antes de uma partida do Campeonato Francês, no sábado, gerou repercussão no governo do país europeu. Nesta segunda-feira, a ministra dos Esportes, Amelie Oudea-Castera, lamentou a morte e pediu uma "resposta global" contra a violência no futebol.

Para a ministra, que também sob sua responsabilidade a Olimpíada de Paris-2024, uma medida drástica poderia amenizar os casos de violência entre torcedores: impedir os fãs de viajarem para acompanhar seus times em jogos fora de casa, em partidas consideradas de alto risco.

"Para o momento, poderíamos focar nas viagens dos torcedores (para verem seus times)", disse a ministra, em entrevista à rádio France Inter. "É essencial que voltemos para uma situação de menos violência. Precisamos de uma resposta extraordinariamente determinada e global", declarou.

O torcedor do Nantes foi assassinado a facadas no sábado em meio a uma briga com fãs do Nice, horas antes da partida entre os dois times pelo Francês - o Nantes venceu por 1 a 0. O Ministério Público do país já avisou que abriu investigação para apurar o novo caso de violência no futebol.

Na França, a regra de impedir a viagem de torcedores para partidas fora de casa já existe, nos casos de jogos cercados de maior cuidado, como acontece nos clássicos entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha.

"Simplesmente não é possível que as forças policiais estejam tão sobrecarregadas, que propriedades privadas sejam destruídas, que carros sejam apedrejados e pessoas feridas", disse Oudea-Castera. "E agora temos uma morte. Basta."

O futebol francês contou com seguidos episódios de violência desde o início da temporada, com um aumento de casos nos estádios nas últimas duas temporadas. Em outubro, em Montpellier, uma partida foi interrompida nos acréscimos depois que torcedores lançaram fogos de artifício das arquibancadas que acertaram o goleiro Mory Diaw, do Clermont. O jogador senegalês teve de ser retirado em maca, mas não ficou gravemente ferido.

Algumas semanas depois, em Marselha, o ônibus que transportava jogadores do Lyon foi apedrejado por torcedores do lado de fora do estádio Velodrome. O então técnico do Lyon, Fabio Grosso, ficou com o rosto ensanguentado. Torcedores e cinco policiais ficaram feridos. Ao todo, nove pessoas foram detidas.

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