A servidora Simone Ramirez, pregoeira da Secretaria de Administração, conseguiu liberdade, assim como os demais envolvidos na Operação Turn Off, comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC). Ela também ficará monitorada por tornozeleira eletrônica.
Os detidos conseguiram liberdade após depoimento na última sexta-feira. Além de Simone, ganharam a liberdade: Édio Castro (adjunto da Secretaria de Educação); Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima; Victor Leite de Andrade; Paulo Henrique Muleta Andrade, Sergio Duarte Coutinho Junior e Lucas Coutinho.
Segundo a investigação, os oito presos tiveram participação ativa em um esquema de corrupção investigado na Operação Turn Off. Os irmãos Coutinho teriam chefiado uma organização criminosa voltada à prática de fraude à licitação, peculato, corrupção e correlatos.
No total, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.
A investigação, conduzida pelo GECOC, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro.
"Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos", divulgou o MPE.
Segundo Ministério Público, os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.
Após a operação, o governador Eduardo Riedel exonerou todos os envolvidos, incluindo o adjunto da Casa Civil, Flávio Brito, que era secretário de Saúde na administração passada.