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LISTA: Confira alvos de prisão na Operação Successione em Mato Grosso do Sul

O deputado Neno Razuk foi alvo da operação Sucessione

Por Midia NAS em 05/12/2023 às 22:21:57
Gaeco faz operação contra o jogo do bicho, deputado e mais 10 são alvos de investigação (Mirian Machado, Midiamax)

Gaeco faz operação contra o jogo do bicho, deputado e mais 10 são alvos de investigação (Mirian Machado, Midiamax)

De dez, oito mandados de prisão temporĂĄrias, foram cumpridos contra suspeitos de envolvimento com o crime organizado do jogo do bicho que inclusive estaria inserida nos órgãos de de Mato Grosso do Sul. Todos os presos estavam em uma casa onde foram apreendidas 700 mĂĄquinas do jogo do bicho, no Ășltimo dia 16 de outubro, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

No total foram expedidos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e . O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ele um mandado de busca e apreensão. Na casa do deputado foram apreendidos celulares, uma pistola e um tablete do filho de Neno Razuk.

Assessores do parlamentar também foram presos, entre eles, Diego Souza Nunes, o major aposentado da PolĂ­cia Militar Gilberto Luiz dos , o 'Barba', além do sargento aposentado da PM, Manoel José Ribeiro, conhecido como 'Manelão'.

Confira os nomes dos alvos de mandados de prisão:

  • Diego Souza Nunes - assessor parlamentar de Neno Razuk, que estava no QG do jogo do bicho
  • José Eduardo Abdulahad, conhecido como 'Zeizo' - empresĂĄrio na fronteira e pai de Riadh Abdulahad, que estĂĄ atuando na defesa de alguns dos presos na operação;
  • O sargento aposentado da PM- Manoel José Ribeiro, conhecido como 'Manelão' - assessor parlamentar de Neno Razuk;
  • O major aposentado da PM, Gilberto Luiz dos Santos - assessor parlamentar do deputado. 'Barba' como é conhecido o militar também estava no QG do jogo do bicho;
  • JĂșlio César Ferreira dos Santos - filho do major aposentado;
  • Mateus JĂșnior Aquino
  • Taygor Ivan Moretto Pelissani - também estava no QG do jogo do bicho, e foi preso trÊs dias depois com uma pistola em Ponta Porã;
  • Tiano Waldemor de Moraes - estaria envolvido nos roubos dos malotes do grupo rival;
  • Valmir Queiroz Martinelli - seria o responsĂĄvel pela aquisição das mĂĄquinas do jogo do bicho que foram encontradas na casa, no Monte Castelo;
  • Luiz Paulo Bernardes Braga

Dois que não foram localizados são o empresĂĄrio José Eduardo Abdulahad e Luiz Paulo Bernardes Braga. José é pai de Rhiad Abdulahad, que atua como advogado de defesa dos presos da operação em questão.

Investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), durante a "Operação Successione", confirmou denĂșncia de servidores que vincularam 'guerra do jogo do bicho' com contravenção na Sejusp (SecretĂĄria de Estado de Justiça e Segurança PĂșblica), tal qual jĂĄ publicada pelo Midiamax no Ășltimo mĂȘs de outubro.

Jogo do bicho na Sejusp

Segundo denĂșncia de servidores, a disputa pela jogatina expõe os laços da contravenção na Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança PĂșblica de Mato Grosso do Sul). Além do envolvimento direto de servidores pĂșblicos supostamente cooptados para atuar em favor do crime organizado, pressão polĂ­tica e até ameaças estariam por trĂĄs da mobilização dos grupos que disputam o mercado milionĂĄrio do jogo do bicho campo-grandense.

Após a apreensão de 700 mĂĄquinas eletrônicas usadas pelo jogo do bicho em uma casa no Bairro Monte Castelo, a Sejusp teria se tornado foco da medição de forças entre os grupos que estavam tocando o jogo do bicho descentralizado em Campo Grande e um grupo que tem se anunciado como 'novos donos do negócio'.

Em outubro deste ano, servidores relataram ao Jornal Midiamax supostas reuniões tensas e os corredores da Sejusp foram tomados por rumores de 'pedidos' para 'cuidar das investigações'.
Roubo de malotes

TrĂȘs boletins de ocorrĂȘncia foram registrados por roubo destes malotes, e duas das trĂȘs teriam reconhecido o sargento da PMMS (PolĂ­cia Militar de Mato Grosso do Sul) como autor dos assaltos.

Nas trĂȘs ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazĂȘ-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um 'recado' ameaçador.

Na casa onde as mĂĄquinas foram apreendidas, uma pistola foi encontrada. A investigação das mĂĄquinas encontradas estĂĄ a cargo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Além do sargento, um major aposentado da PolĂ­cia Militar também foi flagrado na residĂȘncia.

A disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande, que estaria sob o comando de um grupo de outro estado, teria envolvimento de servidores pĂșblicos da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança PĂșblica de Mato Grosso do Sul). O grupo rival teria assumido a Capital logo após a Operação Omertà desmantelar o grupo que mantinha a contravenção em Campo Grande.

Este grupo rival, logo após assumir, teria "comprado" rivais para que não se instalassem na Capital. Agora, o grupo que lidera a região de fronteira de Mato Grosso do Sul tenta tirar do grupo rival o controle do jogo do bicho campo-grandense.

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