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Sem informações sobre reajustes, projeto de taxas cartorárias deve ser retirado de pauta

Os projetos que tratam das taxas cartorárias devem ser retirado de pauta da Assembleia Legislativa.

Por Midia NAS em 07/12/2023 às 10:12:32
Foto: Reprodução internet

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Os projetos que tratam das taxas cartorárias devem ser retirado de pauta da Assembleia Legislativa. A reportagem apurou que deputados não estariam convencidos sobre os valores apresentados, principalmente no projeto do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Os deputados concordam com a redução de 33% no valor que é repassado para o Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça. Entretanto, ressaltam que o projeto aumenta o valor das taxas para registro, averbação e escritura, por exemplo, o que vai fazer que o "desconto" de 33% não faça nem efeito.

Sem os esclarecimentos necessários e com a possibilidade de reajuste de valores, os deputados pretendem retirar de pauta. A justificativa para o reajuste é de que desde 2014 não há aumento da cobrança.

No projeto apresentado pelo Tribunal de Justiça consta apenas os valores que serão cobrados para o serviço, sem o comparativo do que aumentará, em relação ao que é cobrado atualmente. Alguns deputados que já analisaram o projeto entendem que, na prática, os 33% acabarão não fazendo efeito algum frente aos demais reajustes.

Segundo o TJMS, há uma inflação de 72% em 9 anos, o que farão com que alguns serviços, como o registro de casamento , subam 20,7%, passando de R$ 377,00 para R$ 454,95. Certidões simples custarão R$ 39,15. Escrituras sem transações de valores, como emancipação e união estável, ficarão em R$ 176,85; na tabela atual, consta o valor de R$ 131. Para as que envolvam valores, há uma série de preços, chegando a R$ 10,6 mil, quando a situação envolvida for superior a R$ 5 milhões.

Pelas tabelas, o registro de uma transação imobiliária de até R$ 100 mil custará R$ 1.796,70; sendo de R$ 200 mil, a taxa fica em R$ 2.870,20; de R$ 500 mil, fica em R$ 3.920,20. O maior valor é de R$ 8,6 mil, quando transações acima de R$ 9 milhões.

Para situações que envolvam a inscrição de garantia referentes a crédito rural, que produtores precisam registrar em cartório quando obtêm financiamento, o projeto aponta que incidirá somente o Funjecc, no percentual de 5%, essa exclusão dos fundos deve reduzir os valores em pelo menos 30%. Para o registro referente ao valor de R$ 200 mil, por exemplo, a cobrança da taxa será de R$ 450; sendo acima de R$ 1,5 milhão, o valor ficará em R$ 3.750.

Foto: Luciana Nassar/Assembleia

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