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Assessores de Neno Razuk investigados na Operação Successione são exonerados

Informação consta no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

Por Midia NAS em 07/12/2023 às 19:56:41
Deputado Neno Razuk (Luciana Nassar, Alems)

Deputado Neno Razuk (Luciana Nassar, Alems)

Assessores do deputado estadual Neno Razuk, (PL), investigados na Operação Successione, foram exonerados das funções que ocupavam no gabinete do parlamentar. A informação consta no Diário Oficial da desta quinta-feira (5).

Quatro assessores foram presos durante a operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã da última terça-feira (5).

Dos quatro, três foram exonerados, sendo eles: Diego Souza Nunes, o major aposentado da Polícia Militar, Gilberto Luiz dos Santos, o 'Barba', e o sargento aposentado da PM, Manoel José Ribeiro, conhecido como 'Manelão'. As dispensas passam a valer a partir desta quinta-feira e são assinadas pelo presidente da Casa, Gerson Claro, (PP).

No dia da operação, foram expedidos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande e . O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ele um mandado de busca e apreensão. Na casa do deputado foram apreendidos celulares, uma pistola e um tablete do filho de Neno Razuk.

A operação é contra o jogo do bicho e estaria ligado a roubos de malotes de grupos rivais que estavam atuando em Campo Grande.

Roubo de Malotes

Três boletins de ocorrência foram registrados por roubo destes malotes, e duas das três vítimas teriam reconhecido o sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) como autor dos assaltos.

Nas três ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazê-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um 'recado' ameaçador.

Na casa onde as máquinas foram apreendidas, uma pistola foi encontrada. A investigação das máquinas encontradas está a cargo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Além do sargento, um major aposentado da Polícia Militar também foi flagrado na residência.

A disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande, que estaria sob o comando de um grupo de outro estado, teria envolvimento de servidores públicos da (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). O grupo rival teria assumido a Capital logo após a Operação Omertà desmantelar o grupo que mantinha a contravenção em Campo Grande.

Este grupo rival, logo após assumir, teria "comprado" rivais para que não se instalassem na Capital. Agora, o grupo que lidera a região de fronteira de Mato Grosso do Sul tenta tirar do grupo rival o controle do jogo do bicho campo-grandense.

700 máquinas apreendidas no Monte Castelo

Junto com as 700 máquinas do jogo do bicho, os policiais do Garras flagraram dois colegas: um oficial e um praça da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Ambos aposentados, foram liberados no mesmo dia do flagra e negaram qualquer envolvimento com o jogo do bicho. Não é a primeira vez que a influência do crime organizado na Sejusp provoca mal-estar entre servidores que não 'entram no esquema'.

Os equipamentos seriam parte do plano para assumir o território do jogo do bicho. As máquinas passaram a figurar como protagonistas no lugar das antigas bancas que ficavam em calçadas de ruas da cidade, onde podia ser encontrado o apontador das apostas com facilidade para quem fazia suas apostas.

Agora, o esquema de contravenção estava mais modernizado e mais fácil de ser "tirado" dos olhos da polícia. A operação de apostas e impressão de bilhetes cabia na palma da mão, já que podia ser feita até por aplicativos instalados em celulares.

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