Cruzamento de espécies canindé e vermelha deu origem às 'araras híbridas'. Ninhos urbanos de Campo Grande são monitorados pelo Instituto Arara Azul. Arara híbrida é registrada em Campo GrandeVer e ouvir araras passeando pelo céu de Campo Grande faz parte da rotina de quem mora na capital sul-mato-grossense. A cidade é considerada, por meio de uma lei municipal, a "Capital das Araras" com cerca de 500 aves. Nos últimos anos também tem se tornado comum ver araras híbridas, espécie resultado do cruzamento das espécies as canindé e vermelha. A arara híbrida foi identificada em Campo Grande nos início dos anos 2000. Até então acreditava-se que a reprodução só era possível em cativeiro. Com isso, o Instituto Arara Azul monitora o comportamento de 20 araras híbridas, em três ninhos na capital.Arara híbrida em Campo GrandeTV Morena"Como não é uma espécie ainda, a gente chama de uma arara arlequim, essa arara híbrida. Em Campo Grande a gente não sabe se elas ocorreram num cativeiro e depois foram soltas. O fato é que aqui elas estão se reproduzindo naturalmente", explica a bióloga e coordenadora do Instituto Arara Azul, Neiva Guedes.Filhotes de arara híbridaCaio TumeleroNeiva explica que uma das características da arara híbrida é o formato do bico, que é maior, mais largo, do que as araras canindés. "Quando ele [arara] crescer mais a gente vê que tonalidade ele vai ficar porque cada indivíduo puxa uma tonalidade diferente, então eles ficam multicoloridos". A avaliação dos pesquisadores aponta que as aves estão se reproduzindo na natureza e os filhotes nascem férteis, por isso, a tendência é de que a população aumente e os pesquisadores querem entender o impacto disso para as outras espécies.Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: