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Somos pela ordem, e continuarei cumprindo a Constituição; leia íntegra do pronunciamento de Bolsonaro


O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o pronunciamento desta terça-feira, o primeiro após a eleição – Evaristo Sá/AFP

FELIPE BÄCHTOLD E JOELMIR TAVARESFOLHA DE S. PAULOSÃO PAULOApós ficar 45 horas em silêncio depois da derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em pronunciamento na tarde desta terça-feira (1º) haver “indignação e sentimento de injustiça” com o processo eleitoral, em alusão aos protestos de apoiadores que fecham rodovias no país em manifestação contra o resultado, e condenou os bloqueios.

“Somos pela ordem e pelo progresso”, disse, repetindo o lema da bandeira nacional e dizendo-se favorável a “manifestações pacíficas”.

O presidente, primeiro a perder a reeleição desde a redemocratização, não mencionou Lula nem fez qualquer referência à derrota, ressaltando apenas ter recebido 58 milhões de votos. Ele, no entanto, salpicou o discurso com críticas à esquerda, prenunciando o embate com o petista durante o futuro governo.

Bolsonaro, que se notabilizou ao longo do mandato pelos seguidos ataques a instituições e afrontas ao Estado democrático de Direito, afirmou que sempre jogou “dentro das quatro linhas da Constituição” e que continuará “cumprindo todos os mandamentos” da Carta Magna.

A declaração durou pouco mais de 2 minutos no total. Ao chegar para o discurso no Palácio da Alvorada e ser fotografado pela imprensa, o mandatário se virou para o lado e teve sua fala com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), captada pelos microfones: “Vão sentir falta da gente, hein?”.

Bolsonaro também fez acenos a seu eleitorado, ao dizer que “a direita surgiu de verdade” no país e mencionar a “robusta representação” do campo conservador no Congresso, a partir das bancadas eleitas neste ano.

O acesso ao aeroporto de Guarulhos pela rodovia Hélio Smidt foi prejudicado pelo bloqueio das duas pistas Zanone Fraissat/Folhapress

Leia a íntegra do pronunciamento:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro.

Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.

Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso.

Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição.

Nunca falei em controlar ou censurar a mídia ou as redes sociais.

Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado.

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