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Você já deve ter ouvido falar de pessoas que morreram ou ficaram gravemente feridas em acidentes de trânsito devido a algum problema no airbag do veículo. Infelizmente, um equipamento que deve trazer mais segurança aos ocupantes do veículo acabou causando vítimas, o que não pode ocorrer.
Se o airbag está dentro dos padrões de segurança ele deve salvar vítimas, e não o contrário. Por esse motivo, o objetivo desta matéria é destacar a importância do airbag como equipamento de segurança e explicar como ele funciona.
Tecnicamente falando, os airbags são bolsas comprimidas e mantidas em áreas estratégicas do veículo a fim de reduzir os danos causados pelo impacto da colisão.
Quando ocorre algum acidente, o airbag é acionado automaticamente, e neste momento, o dispositivo se enche de ar muito rapidamente, impedindo que as pessoas sofram lesões mais graves ao se chocarem com partes internas do veículo.
Antes de tudo é importante salientar que para um melhor funcionamento dos airbags, é obrigatório que os ocupantes do veículo estejam posicionados e sentados corretamente. Além disso, fazendo uso do cinto de segurança, estando no banco da frente ou traseiro.
A partir de então, é preciso compreender como funciona as três fases – saco, sensores e sistema de insuflação, que compõem o sistema de airbag.
Durante a primeira etapa o veículo sofre uma súbita desaceleração que ativa o dispositivo de airbag. Na sequência, o gerador de gás, que é responsável por inflar a bolsa, recebe um comunicado elétrico para inflar a bolsa.
A parte interior do gerador de gás é onde acontece a reação das substâncias presentes. Nesse sentido, elas reagem e explodem instantaneamente e acionam o dispositivo.
A capa do airbag é feita por um plástico especial composto por pequenos sulcos. São eles que garantem o rompimento do material somente nos locais estabelecidos para proporcionar segurança aos passageiros.
Na sequência, o dispositivo se esvazia, por meio de furos na parte de trás ou na lateral da bolsa, e absorve o impacto do corpo.
Frontal – O mais conhecido é o airbag frontal. É, também, desde 2014, obrigatório nos carros fabricados no Brasil. No momento da colisão ele infla. E, dessa forma, protege o peito do condutor e do passageiro do banco do carona de se chocar contra o painel e o volante.
Lateral – Localiza-se na parte dianteira ou também em toda parte lateral do veículo com o objetivo de proteger o tórax e a cabeça dos ocupantes.
Cortina – Esse tipo de airbag se estende de uma coluna à outra do veículo pensando em reduzir possíveis impactos na parte lateral do carro. Se destaca por proteger os passageiros e o motorista dos cacos de vidros do veículo.
Central – Localizado entre os bancos dianteiros, o airbag Central tem como função evitar o choque entre o motorista e o passageiro durante um acidente de trânsito.
Vidro traseiro – Com a função de proteger a cabeça dos passageiros de batidas na traseira, o airbag traseiro é instalado na parte posterior dos encostos de cabeça traseiros, evitando também que possíveis cacos de vidro atinjam os passageiros.
De teto – Foi desenvolvido pensando na proteção do motorista e dos passageiros quando o veículo tem teto solar, pois evita a possibilidade de cortes e que, em casos de capotamento, as pessoas sejam projetadas para fora. Para tanto, preenche-se todo o espaço acima da cabeça dos ocupantes pelo airbag.
Joelhos – Embora ainda recente no mercado, e, escasso, no Brasil, o airbag de joelhos visa evitar o impacto do condutor e a coluna de direção do veículo em uma batida.
Cinto – Muito utilizado pensando principalmente na proteção das crianças, pois, quando acontece uma colisão de frente ou lateral, ele ameniza o impacto entre o cinto e o corpo.
Capô – Ameniza o choque do pedestre contra o capô e o para-brisa e se localiza na base do para-brisa.
Como todo item de segurança automotiva, o airbag requer atenção quanto ao seu prazo de validade, revisões assim como manutenções regulares, inclusive aos avisos de chamados para recall, que é uma solicitação de devolução de um lote ou de uma linha inteira de produtos feita pelo próprio fabricante. O recall acontece quando se identifica algum tipo de problema em relação à segurança do produto.
No entanto, no Brasil, nem todos os proprietários de veículos têm o hábito de atender à solicitação dos fabricantes. Isso reflete no elevado número de acidentes relacionados ao uso de airbags.
Logo, e por fim, como medida de prevenção, recomenda-se que ao receber um chamado de recall é importante cumpri-lo. Enquanto aos que adquirirem um veículo usado, a orientação é a de entrar em contato com a central de atendimento do fabricante para verificar se o veículo consta em alguma eventual lista de recall.