Com pré-candidatos afastados da Capital, PT e PL viram coadjuvantes e abrem espaço para concorrentes

O Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Liberal (PL), partidos que rivalizam nacionalmente e protagonizam a política no País, não estão repetem na Capital o sucesso conquistado na eleição nacional.

Os pré-candidatos do partido estão focados em Brasília e os números das pesquisas divulgadas até o momento refletem a atenção dada por eles à eleição na Capital, onde aparecem muito atrás dos demais concorrentes.

Camila Jara (PT) tem colecionado viagens internacionais representando a Câmara Federal. Ela já fez alguns posts na rede social criticando obras paradas na Capital, mas não passou disso. Já  Marcos Pollon (PL), que preside o PL no Estado, se dedica ao Proarmas, e passou o comando do partido na Capital para o irmão, Gabriel Pollon.

As ausências já fazem filiados voltarem a pensar em um "plano B" para a disputa do próximo ano. No caso do PT, quem assombra a pré-candidatura de Camila é a presidente da Sudeco, Rose Modesto (União). A candidatura dela chegou a ser citada durante reuniões do Partido dos Trabalhadores. Ela ganhou a simpatia depois de assumir o cargo na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

No PL, a ausência de Pollon pode favorecer Capitão Contar (PL) e a prefeita Adriane Lopes (PP), que sonham com o apoio de Jair Bolsonaro (PL). Contar chegou a ser convidado para se filiar ao PL, mas ainda não deu resposta. Já Adriane conta com a força da senadora Tereza Cristina (PP) para convencer Bolsonaro a apoiá-la.

Bolsonaro já chegou a dizer que Contar deveria ser candidato a vereador, depois chegou a citá-lo como possível candidato a prefeito e declarou que o PL terá candidato próprio. Coronel David (PL), que chegou a dizer que não seria mais candidato, também anunciou que pode disputar, caso Pollon não concorra, já que defende candidatura própria.

Pesquisa

Na última pesquisa divulgada pelo Instituto Ranking, no dia 1º de dezembro, Camila Jara apareceu na nona posição, citada por 2% dos entrevistados. Já Pollon apareceu em 12º lugar, com 0,3% das intenções de voto.

O ex-governador André Puccinelli (MDB) lidera, com 18% das citações. Ele é seguido por Rose Modesto (União), com 14,7%. Em seguida, aparece a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), com 13%; Lucas de Lima (PDT), 8,4%; Beto Pereira (PSDB), 6,3%; Capitão Contar (PRTB), 4,5%; e Coronel David (PL), 3,6%.

Na sequência, são citados: Pedrossian Neto (PSD), 2,2%; Camila Jara, 2%; Huberto Figueiró, 1,1%; Tio Truts (PL), 1%; Marcos Pollon, 0,3%; Rodrigo Lins, 0,2%. Outros 24,7% não sabem ou não responderam.