Amanda fingiu estar grávida por cinco meses, de agosto a dezembro deste ano, segundo a polícia. O delegado do caso, Carlos Alfama, afirma que ela já mentido a pelo menos seis ex-companheiros que havia engravidado.
A advogada enviou um exame falso ao ex, em agosto, dias após ele ter terminado o relacionamento. Ela realmente fez um ultrassom nessa época, mas o verdadeiro deu negativo, segundo a polícia.
A advogada omitiu pelo menos dois exames que deram negativo, de acordo com a investigação. Ambos os documentos, um de agosto e um de dezembro, foram achados na casa dela durante buscas e apreensões na última quinta (28).
Um dos exames falsos, do dia 14 de dezembro, informava que ela estava grávida havia 23 semanas. Mas quando foi presa, no dia 20, a advogada passou por um exame que apontou o hormônio Beta-HCG zerado, o que desmentiu a versão dela.
O ex-sogro de manda e a mãe dele morreram envenenados no dia 17 de dezembro. Três dias antes, ao enviar ao ex a foto de um feto que não era dela, a advogada mandou a mensagem: "[O bebê] me dá susto? Dá. Mas tá firme e forte".
"A polícia encontrou exames de gravidez em agosto e encontrou exames de gravidez de dezembro. Nos dois exames, a Amanda não estava grávida. Com essa apreensão é possível dar a certeza, também, de que Amanda Partata nunca esteve grávida.", disse o delegado Carlos Alfama, da Polícia Civil de Goiás.
Advogada comprou veneno pela internet
Em depoimento, ex-companheiros declararam que Amanda forjava testes positivos de gravidez para constrangê-los. A polícia divulgou print de conversa entre Amanda e um ex-namorado. Nas mensagens, ela diz que faria um teste para comprovar a paternidade do suposto filho. "A gente faz 100 [testes de] DNA se você quiser", disse.
A polícia disse ter encontrado a nota fiscal da compra do veneno com o nome e endereço da advogada. Segundo as investigações, ela pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.
Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.
Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família. Para se manter em contato com os parentes dele, ela mentia estar grávida, de acordo com a investigação.