No próximo dia 8, será realizado um ato no Congresso Nacional para marcar um ano dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. O evento, intitulado “Democracia Inabalada”, slogan da campanha lançada pelo STF em resposta aos atos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF. O ato da semana que vem contará com a presença de cerca de 500 convidados, entre autoridades e representantes da sociedade civil. Durante o evento, está previsto um momento simbólico relacionado às obras que foram danificadas durante as invasões. Será realizada a entrega simbólica da tapeçaria de Burle Marx, que foi alvo de vandalismo. A peça já passou por restauro e voltou a ser exposta no Congresso Nacional em outubro passado. Além disso, será feita a restituição simbólica de um exemplar da Constituição Federal que foi furtado do STF pelos golpistas e posteriormente recuperado.
O presidente Lula está engajado no evento e convidou pessoalmente ministros do STF para comparecerem. Segundo um documento elaborado pelo Palácio do Planalto, são esperados também os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ministros de tribunais superiores, governadores, ministros, prefeitos, membros do corpo diplomático, presidentes de estatais, parlamentares, prefeitos e representantes de confederações patronais. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também está listado como participante. A Secretaria-Geral da Presidência enviou ao Senado, responsável pela organização, pedidos para convites de 130 movimentos sociais e sindicais, além de entidades da sociedade civil organizada. Membros do Executivo também enviaram convites a prefeitos de capitais e governadores. O governo deixou claro que cada convidado deverá arcar com as próprias despesas e organizar a ida a Brasília, o que pode gerar ausências.
Durante o ato, está previsto que seis autoridades façam discursos: o presidente Lula, Alexandre de Moraes (presidente do TSE), Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Arthur Lira (presidente da Câmara), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado e do Congresso) e Fátima Bezerra (governadora do Rio Grande do Norte). Também são esperados o vice-presidente Geraldo Alckmin, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a ex-presidente do STF Rosa Weber e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Um plano de segurança será montado em reunião conjunta de autoridades do Distrito Federal e do governo federal. Representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Segurança Pública do DF, Senado, Câmara, Supremo e GSI participarão do encontro. O Ministério da Justiça já constatou a convocação de atos contra Lula em todos os Estados, mas sem grandes adesões até o momento. Mesmo assim, haverá monitoramento diário e reforço do policiamento na data.