Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Congressol

Castas de privilegiados custam muito e oneram contas públicas

Não é muito difícil elencar categorias de servidores públicos em que há privilegiados ganhando bem mais que o presidente da república ou do que os ministros do STF, que, pela lei, deveriam receber os maiores contracheques pagos pelo Estado brasileiro.


Foto: Reprodução internet

Não é muito difícil elencar categorias de servidores públicos em que há privilegiados ganhando bem mais que o presidente da república ou do que os ministros do STF, que, pela lei, deveriam receber os maiores contracheques pagos pelo Estado brasileiro. Muitas vezes, o salário pode até não ultrapassar o teto determinado por lei, mas os generosos penduricalhos acabam engordando os vencimentos das castas de privilegiados. Um exemplo de bondade às expensas do apertado orçamento público é o auxílio-moradia para os procuradores, reajustado bem no finalzinho do ano. De acordo com a nova regra, os beneficiados receberão de R$ 7,5 mil a R$ 10 mil por mês sempre que atuarem em cidades que não sejam aquelas de domicílio de origem. Entre diplomatas, na elite da Receita Federal ou juízes, também não é lá muito difícil encontrar agraciados com salários e vantagens de fazer inveja a uns 99% da população. Mas é sempre justo lembrar que esta não é a regra para a imensa maioria do funcionalismo, especialmente o federal, que teve salários achatados por anos de congelamento.

No caro Legislativo brasileiro o quadro não é muito diferente. O site da Câmara dos Deputados informa que a casa tem 14.174 funcionários na ativa. Entre aposentados e pensionistas, mais de 400 foram deputados. Cada parlamentar tem direito a R$ 118.376,13 de verba de gabinete, de R$ 36.582 a R$ 51.406 de cotão, mais reembolsos e auxílio-moradia. Segundo levantamento do portal Congresso em Foco, cada deputado federal custa de R$ 2,5 milhões a R$ 2,7 milhões por ano. O Senado também é generoso com os 81 integrantes. Cada um deles pode gastar até R$ 265.120 todo mês com assessores. Inspirados nesses exemplos, nos legislativos estaduais e nas Câmaras de Vereadores a austeridade jamais é regra.

Sendo assim, e certo de que todos estão dispostos a colaborar com os esforços de redução de despesas públicas, ofereço dez sugestões para o corte de gastos no Legislativo. O pacote da utopia tem os seguintes itens:

  1. Corte nos salários de deputados estaduais, que teriam seus vencimentos limitados à média do que é pago ao funcionalismo do seu Estado;
  2. Com as novas tecnologias que permitem reuniões à distância, amplamente utilizadas no setor privado, os 1.059 deputados estaduais espalhados por todo o país não precisariam se encontrar presencialmente todas as semanas. Talvez em 1 ou 2 semanas por mês. O trabalho remoto produziria economia a todas as Assembleias Legislativas do país, com redução de gastos com funcionários, carros oficiais, passagens aéreas, hospedagens, despesas gerais, etc;
  3. A exemplo dos deputados estaduais, a remuneração dos vereadores também estaria vinculada à média do funcionalismo, nesse caso o municipal. Vale lembrar que em muitas Câmaras em todo o país o vereador participa de apenas uma sessão por semana;
  4. Fim dos mandatos de oito anos para senador. Ou impossibilidade de reeleição. Muito tempo acaba criando vícios e eternizando funcionários nos cargos comissionados;
  5. Como complemento ao item anterior, fim do segundo suplente, que geralmente entra na chapa apenas para ajudar a financiá-la e fazer nomeações;
  6. Fim das passagens aéreas semanalmente gratuitas para senadores e deputados. O benefício se tornaria quinzenal. A economia mensal só a partir de Brasília seria de mais de mil bilhetes;
  7. Em todas as Casas Legislativas do país, exceção feita aos integrantes das mesas diretoras, fim da gratuidade dos combustíveis. E os beneficiários só poderiam usufruir desse direito na cidade sede da casa parlamentar;
  8. Proibição de instalação de novas TVs legislativas em municípios que não tenham segundo turno. Pode permanecer quem já esteja no ar;
  9. Fim do 13º salário para parlamentares de todas as casas legislativas do país;
  10. Fim de apartamentos funcionais ou auxílio moradia para eleitos que residam na cidade sede da casa legislativa.
Fábio Piperno Congressol Contas Públicas Deputados Federais Fabio Piperno Funcionalismo Senadores Servidores Públicos

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!