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Meio Ambiente

Inmetro aprova projeto para descarbonização do transporte rodoviário

Projeto será desenvolvido em parceria com empresas do setor O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) aprovou projeto para o desenvolvimento de um sistema de conectividade veicular com foco na redução das emissões de carbono para o transporte rodoviário.


Foto: Reprodução internet

Projeto será desenvolvido em parceria com empresas do setor

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) aprovou projeto para o desenvolvimento de um sistema de conectividade veicular com foco na redução das emissões de carbono para o transporte rodoviário. A iniciativa, anunciada nessa terça-feira (3), visa a auxiliar o desenvolvimento de tecnologias de descarbonização para o setor.

O projeto terá recursos financeiros do Programa Rota 2030, denominado “Descarbonize.ai: Sistema Integrado para Análise, Monetização e Descarbonização do Tráfego Veicular” e visa utilizar dados de Inteligência Artificial para estimar o consumo energético dos automóveis em condições de uso e gerar a partir daí informações para diversos setores da indústria automobilística.

"Entre as atribuições do Inmetro está a de alavancar a indústria em setores da economia que são estratégicas para o governo e para a sociedade. E a questão sustentável, a busca por tecnologias verdes, é urgente. Esse projeto contempla esse objetivo. Parabéns à equipe técnica envolvida, nos enche de orgulho", comentou o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.

O projeto

Desenvolvido em parceria com as universidades federais do Rio Grande do Norte e Pernambuco (UFRN e UFPE), e com as empresas Embeddo Computação Aplicada, Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWTB), Peugeot Citroen Do Brasil, e FCA Fiat Chrysler, o projeto propõe a criação de um sistema de conectividade veicular, com foco na redução das emissões de carbono do setor de transporte rodoviário, alinhado às metas de descarbonização que vêm sendo adotadas mundialmente.

A solução abrange a utilização de tecnologias disruptivas como Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Blockchain para a viabilizar a geração de um ambiente sustentável que promova a transição para uma frota veicular com maior eficiência energética e menor emissão de gases. Neste contexto, motoristas, gestores de frota, montadoras e corporações e em geral são incentivadas a adotarem iniciativas ecologicamente responsáveis.

O projeto se baseia em duas abordagens principais. A primeira utiliza dados reais e Inteligência Artificial para estimar, com menor incerteza, o consumo energético dos automóveis em condições de uso do dia a dia, e seu comportamento em diferentes situações, algo difícil de se conseguir apenas com ensaios em laboratório, por exemplo. A segunda abordagem é a monetização.

"Com esses dados, é possível criar modelos de negócio em que o condutor que compartilha as informações colhidas de seu veículo é recompensado com cripto creditos em uma plataforma blockchain. Estes poderão ser negociados com empresas interessadas nas informações, sejam elas montadoras, seguradoras, distribuidoras de combustível, concessionárias de estradas, entre outras", comentou Wilson Melo.

O projeto tem duração de 24 meses, e conta com recursos coordenados pela Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). Ao final será entregue um protótipo que será disponibilizado à indústria nacional por meio de transferência de tecnologia.

A equipe da Instituição é integrada pelos servidores do laboratório de Informática (Lainf), Rodrigo Pereira David, Wilson Souza de Mello Junior e João Alfredo Cal Braz.

Sobre o Rota 2030

Considerado uma reedição do Inovar-Auto (que vigorou de 2013 a 2017), o programa Rota 2030 atua em áreas essenciais para o desenvolvimento de tecnologias dos veículos, e aprimoramento da indústria e da gestão.

Nessa etapa, serão aportados R$ 18 milhões em projetos colaborativos entre Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) com empresas da cadeia automotiva e de tecnologia, a fim de gerar soluções de impacto e abrangência.

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