A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (8) a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, que resultou na prisão de um homem suspeito de contratar ônibus para levar extremistas aos atos de 8 de Janeiro de 2023. De acordo com as investigações, Wagner Freire Ferreira Filho teria pago R$ 24 mil pelo serviço. Durante a operação, os agentes encontraram impressões digitais do suspeito em um dos vidros do Salão Negro, no Senado.
Além disso, um policial militar em Rondônia também foi alvo da operação. Em endereços ligados a ele na cidade de Cerejeiras, a PF apreendeu sete armas, todas registradas, uma espingarda de ar comprimido, 392 munições e duas caixas de pólvora com 1 kg cada, além de um celular. A identidade do PM não foi divulgada.
No Rio Grande do Sul, os policiais cumpriram 13 mandados de busca e prenderam em flagrante um homem por porte ilegal de arma. O modelo da arma encontrada e a identidade do preso não foram revelados.
A Operação Lesa Pátria tem como objetivo identificar pessoas que financiaram e fomentaram a invasão ocorrida nas sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023. Nesta 23ª fase, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 47 mandados judiciais, sendo 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Segundo a PF, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Estima-se que os danos causados ao patrimônio público em 8 de Janeiro do ano passado possam chegar a R$ 40 milhões. Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em andamento e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas. A última ação ocorreu em novembro de 2023, com 25 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, também expedidos pelo STF, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais.
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