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governo em pré-campanhas

Riedel voltará de férias com cobranças de aliados por peso do governo em pré-campanhas

O governador Eduardo Riedel (PSDB) volta de férias na próxima semana, após 15 dias de pausa nas atividades, depois do primeiro ano de gestão.


O governador Eduardo Riedel (PSDB) volta de férias na próxima semana, após 15 dias de pausa nas atividades, depois do primeiro ano de gestão. O saldo do primeiro ano é positivo quando o assunto é gestão, mas o governador deve enfrentar embaraços neste segundo ano, quando serão escolhidos os prefeitos nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Riedel tem corrido de assuntos políticos e dificilmente responde sobre o tema, que no PSDB é conduzido pelo ex-governador Reinaldo Azambuja e pelo secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas no Distrito Federal, da Secretaria de Estado da Casa Civil, Sérgio de Paula. Juntos, eles fizeram o partido sair de 37 para 50 prefeitos, que agora cobrarão apoio do governo para a reeleição.

A reportagem já questionou o governador sobre a possibilidade de um pacote de obras justamente para alavancar estas prefeituras, mas ele respondeu que as obras são lançadas diariamente, sem necessidade de um pacote específico.

As duas maiores cidades do Estado, Campo Grande e Dourados, são exemplos dos embaraços que o governador terá que enfrentar. Nas duas cidades, as prefeituras são comandadas pelo PP, da senadora Tereza Cristina, uma das maiores aliadas de Riedel na campanha. Entretanto, o PSDB não abre mão de candidatura própria nos municípios.

As candidaturas tucanas colocarão o PSDB em rota de colisão com o maior aliado, já que os pré-candidatos tucanos precisarão da força da máquina do governo para a campanha. Adriane Lopes (PP) tem a força da máquina na Capital e Beto Pereira (PSDB) espera contar com a força da máquina do Governo do Estado para fazer frente à força da atual prefeita. Já em Dourados, Alan Guedes (PP) defenderá o mandato, contra o candidato a ser definido pelo PSDB, que tem como favorito hoje Marçal Filho, que ainda nem se filiou.

Antes de sair de férias, Riedel declarou, em uma rara entrevista sobre política, que não participará de campanhas onde apoiadores dele se enfrentem. "Algumas situações que os dois me ajudaram, recuo de estar presente ali, porque respeito ambos e tenho consideração e gratidão por aqueles que apoiaram", declarou. Entretanto, ponderou que tem compromisso com grupo político dele e estará perto, apoiando, ajudando, dentro do tempo disponível que a campanha permite lá na frente.

"Pra campanha, claro que eleição que tive apoio de diversos atores, diferentes seguimentos, que por ventura sejam opositores ou adversários em uma campanha municipal. Eu Pertenço a uma aliança e vou caminhar com candidatos desta aliança e deste grupo", ressaltou o governador.

Até o momento, os prefeitos, principalmente tucanos, têm respeitado a posição do governador, mas a reportagem apurou que a maioria já cobra uma participação mais efetiva do Governo do Estado para reduzir as dificuldades com adversários, principalmente do PP, segundo partido com maior número de prefeituras em Mato Grosso do Sul.

Riedel "pisa em ovos" porque sabe que precisará destes candidatos para buscar a reeleição, já que no primeiro mandato teve apoio da maioria dos prefeitos de Mato Grosso do Sul. Porém, também sabe que a falta de posicionamento poderá gerar insatisfações. O crescimento do PP, por exemplo, pode fazer o partido querer voos maiores em 2026, o que torna ainda mais importante uma vitória tucana na Capital e Dourados. A situação já é mais confortável em Ponta Porã, onde Eduardo Campos é do PSDB e tentará a reeleição. Em Três Lagoas, nada de embaraço. O candidato deve ser o presidente da Câmara, Cassiano (PSDB), com apoio do atual prefeito, Ângelo Guerreiro. Já em Corumbá a briga é no próprio ninho, que também pode ser resolvida no próprio diretório, sem envolvimento direto do governador.

Em resumo, o ano será de muito trabalho para a área política do governo, dividido entre o ninho tucano e aliados. Soma-se ao processo a decisão de Pedro Caravina (PSDB) de deixar a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Governo do Estado. Riedel terá que encontrar um novo secretário, capaz de mantê-lo, o maior tempo possível, afastado das inevitáveis insatisfações políticas.

Foto: Divulgação

Política

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