O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou à Polícia Federal (PF) que investigue a possível falsa filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal (PL), legenda de Jair Bolsonaro. De acordo com os registros do TSE, até esta quinta-feira, 11, o presidente estava filiado ao PL. A entrada falsa no partido adversário ocorreu em 15 de julho de 2023, no PL de São Bernardo do Campo (SP), cidade onde Lula reside e iniciou sua carreira política. Desde então, o presidente estava formalmente desligado do PT, partido do qual é fundador. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que o caso seja investigado pela Polícia Federal, considerando a existência de indícios de crime relacionados à inserção de dados falsos no sistema eleitoral. O TSE afirmou que há claros indícios de falsidade ideológica e solicitou à PF a abertura de inquérito policial.
O TSE informou que a informação sobre a filiação do presidente ao PL foi anulada, considerando que Lula é membro do Partido dos Trabalhadores. Segundo o Tribunal, não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação, mas sim o uso de credenciais válidas de uma advogada que presta serviços ao PL. A Secretaria de Tecnologia da Informação da Corte Eleitoral constatou que a conta da advogada realizou mais de 75 mil ações no sistema, porém ainda não foram realizadas diligências específicas sobre esses acessos. A advogada em questão não foi localizada para comentar o assunto. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, minimizou a situação, afirmando que “é uma bobagem tão grande que não vale a pena perder tempo com isso”. A assessoria do PT afirmou que o presidente Lula sempre esteve filiado ao partido.