O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a todas as partes para “que não agravem” a situação volátil no Mar Vermelho, em alusão aos ataques de Washington e Londres contra os rebeldes huthis do Iêmen. “O secretário-geral pede a todas as partes envolvidas que não escalem ainda mais a situação no interesse da paz e da estabilidade no Mar Vermelho e na região em geral”, disse o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, nesta sexta-feira, 12. Guterres pediu aos Estados-membros que realizaram ações militares para defender seus navios dos ataques, que o façam “em conformidade com o direito internacional”. Na noite passada, Estados Unidos e Reino Unido bombardearam posições dos huthis do Iêmen, após semanas de ataques destes rebeldes apoiados pelo Irã contra o tráfego marítimo no Mar Vermelho, em sinal de solidariedade aos palestinos de Gaza, no conflito que travam Israel e o grupo islamista Hamas. Principal aliado de Israel, os EUA criaram em dezembro uma coalizão internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques huthis nesta região estratégica por onde passa 12% do comércio mundial, o que foi denunciado pela Rússia.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsAppEm uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Moscou, o embaixador russo Vasily Nebenzya, classificou os ataques de Estados Unidos e Reino Unido de “flagrante agressão armada contra outro país”. Para Guterres, os ataques contra o transporte marítimo internacional na região não “são aceitáveis”, pois põem em risco a segurança e a proteção das cadeias globais de abastecimento de materiais e repercutem negativamente na situação econômica e humanitária em todo o mundo. Ele instou, ainda, os rebeldes huthis, que controlam parte do Iêmen, inclusive a capital, a cumprirem a resolução aprovada na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, que exige o fim “imediato” destes ataques Guterres teme que a situação no Iêmen piore “ainda mais” e pede que se “faça tudo o possível” para que este país “siga um caminho da paz e não se perca o trabalho realizado até agora para pôr fim ao conflito” no país.
*Com informações da AFP