Conheça a história
Natural de Dourados, Karoline Vitória tinha uma vida normal, com prática de atividades físicas regulares, boa alimentação e dedicação total aos estudos até que, aos 16 anos, após sentir fortes dores abdominais e passar por uma série de exames e diagnósticos, descobriu estar com o câncer neuroblastoma suprarrenal no estágio 3.
Conforme a medicina, a neuroblastoma é um tipo de câncer que cresce a partir de células nervosas imaturas chamadas neuroblastos. É o tumor sólido, que pode ocorrer em qualquer lugar ao longo do sistema nervoso simpático, sendo muito mais comum em crianças menores de cinco anos.
A explicação complementa que o neuroblastoma ocorre mais frequentemente no abdome e desenvolve-se frequentemente no tecido nervoso das glândulas suprarrenais, que estão localizadas na parte superior dos rins. Também pode ocorrer no tecido nervoso do pescoço, tórax ou pelve.
“Demorou para termos o diagnóstico. Em Dourados, os médicos receitavam medicamentos para dores comuns, como cólica ou abdominal, sem nem mesmo recomendar exames mais detalhados. Mas a dor não passava e fizemos um procedimento que acusou a presença de algo no rim do lado direito”, contou a mãe, Lucimar Minohara, ao Enfoque MS.
Karoline e sua mãe foram encaminhadas para o Hospital do Câncer de Barretos (SP), que é a referência no tratamento da doença no País. “Minha filha passou por uma cirurgia que retirou 90% do tumor. Fez também o transplante de medula, sessões de radioterapia e de quimioterapia, além da medicação”.
Depois que o tratamento foi concluído, Karoline foi considerada curada e retomou a vida normal em Dourados. Entretanto, o destino – aquele escrito por Deus com linhas tortas – fez a doença reaparecer, surpreendendo a jovem e sua mãe mais uma vez, agora numa parte do corpo ainda mais delicada: a cabeça.
“Karoline passou a sentir dores de cabeça com muita frequência, fortíssimas, e mais uma vez os medicamentos não estavam surtindo efeito. Como já tínhamos passado pela experiência anterior, procuramos o Hospital de Barretos para o exame, que confirmou a regressão do câncer maligno”, relatou Lucimar.
A jovem enfrentou outra vez todo o tratamento e uma nova cirurgia, mas não foi possível fazer a remoção total do tumor. Na sequência, foram oito sessões de radioterapia e seis meses de quimioterapia, mas o procedimento não estava fazendo efeito. “Houve a remoção das metástases e, desde então, está novamente com quimioterapia e radioterapia”.
Para ajudar no tratamento, foi receitado 50 ampolas de Quarziba. O site ‘Consulta Remédios’ explica que essa medicação contém betadinutuximabe, que por sua vez é uma substância do grupo de anticorpos monoclonais. São proteínas que reconhecem e se ligam especificamente a outras proteínas únicas no organismo.
“O betadinutuximabe liga-se a uma molécula chamada disialogangliosídeo 2 (GD2), que está presente nas células tumorais, ativando o sistema imunológico do organismo e fazendo com que ele ataque estas células”, complementa o site.
Como não está disponível no SUS, a família procurou a Justiça para obrigar o Governo Federal a custear a aquisição. “Em outubro de 2023 entramos com o processo na Justiça, mas até agora não houve qualquer resposta, mostrando que o juiz está aguardando por uma junta para dar o parecer”, disse Lucimar.
Como a doença não espera pelo tempo absurdo da Justiça Brasileira, a família optou por buscar a ajuda de amigos e da sociedade através da vaquinha virtual. “A meta é conseguir todo o valor correspondente as 50 ampolas, mas se conseguirmos pelo menos comprar a primeira já vai ajudar muito. Uma ampola está orçada em R$ 600 mil”, complementou.
Atualmente a família reside em Barretos. Antes da mudança, Lucimar tinha uma floricultura em Dourados, que precisou ser vendida por conta da necessidade da mudança. Karoline Vitória está casada e o marido também mora com elas, sendo o único da casa que tem emprego fixo, já que a mãe e a filha têm uma rotina diária no hospital.
Se você quer ajudar, pode acessar o site da Vakinha Virtual clicando aqui ou também entrar em contato com a mãe Lucimar Minohara pelo telefone 67 9 8197-8399. Se não tem dinheiro disponível no momento, também pode ajudar compartilhando essa história com os seus contatos.