Djokovic busca seu 11º título do Aberto da Austrália, recorde absoluto na própria competição e também entre todos os Grand Slams. No saldo geral, ele detém o maior número de troféus neste nível de torneio, com 24. O mais próximo deste número é Rafael Nadal, com 22. Porém, o espanhol desistiu da competição por causa de novo problema físico.
O amplo domínio do sérvio nos últimos anos se atesta numa rápida olhada nestes troféus, os mais importantes do circuito. Nas últimas cinco temporadas, ele venceu mais da metade deles: foram 10 títulos em 19 torneios - a edição de 2020 de Wimbledon não foi disputada por causa da pandemia.
Se Nadal estará ausente e os jovens tenistas não conseguem derrubar Djokovic, o que pode mudar os rumos da chave masculina é uma possível lesão do sérvio. Ele deixou a United Cup, sua primeira competição na temporada, com dores no punho direito. Nos últimos dias, evitou falar sobre o assunto. Longe das condições físicas ideais, o líder do ranking corre o risco de ver quebrada sua série invicta de 28 partidas no Aberto da Austrália.
Ele não perde em Melbourne desde sua eliminação na edição de 2018. Desde então, foi campeão em 2019, 2020, 2021 e no ano passado. Em 2022, não pôde competir por não ter se vacinado contra a covid-19. O tenista acabou sendo deportado do país em meio a uma das maiores polêmicas recentes do tênis.
Cansado de falar sobre recordes e marcas históricas, Djokovic comentou sobre seu futuro e deixou aberta a possibilidade de se aposentar no curto prazo. "Para ser honesto, estou dividido. Sempre há uma parte de mim que é um garoto que simplesmente adora tênis e só entende de tênis. Esse garoto quer seguir adiante. Mas, por outro lado, sou pai de duas crianças. Estou longe da minha família e cada vez que viajo por um período longo fico com o coração partido. Estou sempre pensando em quanto tempo deveria jogar. Vale a pena?", questionou o tenista em entrevista a um canal de TV sérvio.
Djokovic não sugeriu que poderá deixar o circuito nos próximos meses. Mas um título em Melbourne poderia até ser um estímulo. Se isso acontecer, além de confirmar seu domínio nas quadras duras do Aberto da Austrália, ele vai embolsar US$ 2,11 milhões, cerca de R$ 10,3 milhões. Chegaria assim a incríveis US$ 183 milhões em premiações, algo equivalente a R$ 900 milhões. Ao menos em reais, o sérvio poderá alcançar a marca de R$ 1 bilhão ainda neste ano, um belo incentivo para se aposentar.
E ALCARAZ?
O tenista espanhol é uma das apostas para derrubar o domínio de Djokovic em Melbourne. Mas se tornou uma incógnita desde sua queda na semifinal do US Open. Ele oscilou demais na reta final da temporada passada e, nos dois encontros com Djokovic após a vitória na decisão de Wimbledon, Alcaraz levou a pior.
O atual número dois do mundo ainda não fez um jogo oficial na temporada 2024, apenas exibições. E não chegou a empolgar nestas partidas. O ponto positivo para Alcaraz é que ele pegou, ao menos em tese, uma chave mais tranquila. E só poderá cruzar com Djokovic numa eventual final.
BIA MIRA SEGUNDA SEMANA
Maior nome do tênis brasileiro na atualidade, Beatriz Haddad Maia vai estrear em Melbourne no embalo do seu primeiro título na temporada logo em seu segundo torneio de 2024. Na sexta, ela foi campeã de duplas do Torneio de Adelaide, ao lado da americana Taylor Townsend - também será sua parceria nas duplas no Aberto da Austrália.
Historicamente, Bia tem seu melhor resultado neste Grand Slam justamente nas duplas. Em 2022, foi vice-campeã. Mas agora ela quer ir longe também na chave de simples. A brasileira nunca passou da segunda rodada na competição. Desta vez, ela espera alcançar ao menos as oitavas de final, fase que abre a segunda semana do torneio.
"Minha expectativa é a mesma: trabalhar duro para chegar na segunda semana. A partir daí, estarei pronta para brigar por todas as outras rodadas. Me sinto cada dia mais forte", disse a tenista em entrevista ao Estadão, no início do ano.
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