A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, da reunião inaugural da Aliança Global para a Saúde da Mulher. O compromisso ocorreu em Davos, na Suíça, como parte das atividades do Fórum Econômico Mundial. Na oportunidade, os membros do grupo em formação debateram a missão e os objetivos para a aliança, o direcionamento estratégico para o ano de 2024 e o alinhamento de oportunidades.
A Aliança Global será guiada por um grupo multissetorial com um conselho de administração composto por líderes mundiais que representam a diversidade de partes interessadas e que devem estar envolvidos na promoção de investimentos na saúde da mulher. "O momento é crítico e se faz necessária uma maior mobilização entre os setores para investir na saúde das mulheres, tendo em mente os imperativos da equidade e da integralidade", destacou Nísia.
O lançamento da aliança busca dar respostas às conclusões de um relatório divulgado, hoje (17), pelo Fórum que revela uma lacuna na saúde das mulheres. Segundo a publicação, não fosse essa falha, as mulheres teriam vidas mais saudáveis e de maior qualidade e isso proporcionaria um impulso sem precedentes à economia global. Essa devida atenção aumentaria a economia em pelo menos US$ 1 trilhão anualmente até 2040.
De acordo com o documento, as mulheres passam, em média, 25% mais das suas vidas com problemas de saúde do que os homens. A lacuna de saúde que elas enfrentam globalmente poderia levar a um aumento de 1,7% do PIB per capita, acrescenta o estudo.
O material também chama a atenção para a importância da educação em saúde para as mulheres, incluindo a educação menstrual. "A educação pode, também, melhorar a frequência escolar, ensinar estratégias de manejo que reduzem os sintomas de gravidade e reduzir potenciais problemas de fertilidade no futuro, que muitas vezes são excluídos da saúde em apólices de seguro ", destaca a publicação.
O relatório apela aos líderes da indústria para que criem modelos de financiamento e políticas empresariais inovadoras, com ampla colaboração multissetorial destacada como um passo crucial para mudar esse cenário da saúde feminina.
Confira o relatório na íntegra
Composição da aliança
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atuará como copresidente do Conselho da Aliança Global para a Saúde da Mulher em conjunto com Anita Zaidi, presidente da Divisão de Igualdade de Gênero da Fundação Bill & Melinda Gates . O grupo também será composto pela ministra da Economia e Finanças de Marrocos, Nadia Fettah Alaoui, e membros de instituições ligadas a temas como economia, saúde e direitos humanos.
As prioridades da Aliança Global são focadas em três pilares: financiamento, ciência e inovação e definição de agenda.
Por: Ministério da Saúde