Diretores da Fiems e empresários estiveram reunidos, nesta quinta-feira (25/01), com o presidente da Câmara de Comércio Índia Brasil, Leonardo Ananda Gomes, para alinhar os últimos detalhes para a missão empresarial Fiems Índia, que será realizada entre os dias 1º e 11 de fevereiro.
A delegação de Mato Grosso do Sul vai conhecer Nova Délhi, a capital nacional, e Mumbai, um importante centro industrial indiano. A programação conta com reuniões com autoridades da Índia e visitas a grandes indústrias locais e instituições relevantes no país, como a Confederação da Indústria Indiana e a Embaixada do Brasil em Nova Délhi.
Esta será a primeira missão internacional do ano organizada pela Fiems. "No ano passado, a gente teve uma missão para China e, no início deste ano, já organiza uma para a Índia, que são os mercado mais promissores, com mais capacidade de absorver os produtos do estado. A federação está na vanguarda, sob liderança do presidente Sérgio Longen, exatamente no sentido de proporcionar ao empresário uma possibilidade de explorar um novo merdado", explicou o chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale.
Os dados do Radar Industrial da Fiems comprovam a importância da relação entre Mato Grosso do Sul e Índia. Nos últimos três anos, a receita geral de exportação do estado para o mercado indiano aumentou 278%, saltando de US$ 47,2 milhões em 2021para US$ 178,6 milhões em 2023. Em relação à indústria sul-mato-grossense, a Índia foi o 8º maior comprador dos nossos produtos no ano passado.
Para o presidente da Câmara de Comércio Índia Brasil, Leonardo Ananda, essa relação é muito sinérgica. Os indianos são parecidos com os brasileiros e valorizam muito o contato interpessoal. A Índia já possui a maior população do mundo, ou seja, é o maior mercado consumidor mundial.
"Eu tenho certeza que voltaremos com boas oportunidades na bagagem. A classe média indiana está aumentando muito o poder de consumo. Quando isso acontece, a primeira coisa que você passa a consumir mais são alimentos. Mato Grosso do Sul é referência na produção de alimentos, então olha o potencial que isso tem. Existem vários outros setores importantes a serem explorados também", ressaltou.
O empresário João Paulo Piotto, proprietário da Amireia Pajoara, começou a exportar para a Índia em 2023, depois de muito estudo e planejamento. "É um país que quer negociar com o Brasil, um dos países que mais crescem no mundo. Eu acho que a grande oportunidade da vez é a Índia", ressaltou.
Já a empresária Silvana Gasparini, dona do laticínio Imbaúba, pretende começar a investir neste mercado. "A expectativa é grande de apostar em novos negócios. Há um tempo, nós já fomos procurados para fazer um tipo de manteiga, então, quem sabe a gente consegue vencer algumas barreiras e conseguir chegar lá", concluiu.