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Benjamin Netanyahu

Israel fala em reunião "construtiva" para trégua em Gaza, e diz que discussões continuam nesta semana 

Israel viu com bons olhos a reunião deste domingo, 28, que tinha como tema central uma trégua nos combates na Faixa de Gaza, região assolada pela guerra desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou os israelenses.


Israel viu com bons olhos a reunião deste domingo, 28, que tinha como tema central uma trégua nos combates na Faixa de Gaza, região assolada pela guerra desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou os israelenses. Segundo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o encontro foi “construtivo” apesar de ainda existiram alguns desacordos. Participaram do encontro chefes do Mossad (serviço israelense de inteligência externa) e do Shin Bet (serviço israelense de inteligência interna), indicou o comunicado. As partes “continuarão discutindo esta semana em outras reuniões”. O diretor da CIA, William Burns, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e um alto funcionário egípcio também participaram das negociações, realizada em Paris.

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O encontro entre as nações começou no sábado, e elas buscam avançar em direção a um acordo que inclua uma trégua nos combates e a libertação de reféns retidos pelo movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza, segundo fontes conhecedoras. Na invasão do grupo islâmico, 250 pessoas foram sequestradas. Dessas, mais de cem foram libertadas no finam de novembro de 2023 durante uma trégua entre as partes envolvidas no conflito. De acordo com as autoridades israelenses, 132 permanecem retidas em território palestino e o governo acredita que 28 estão mortos.

A guerra, iniciada no dia 7 de outubro, colocou uma intensa pressão no governo de Netanyahu, que enfrenta pressão pública para conseguir a libertação dos reféns retidos em Gaza, onde as operações militares israelenses não dão trégua. O jornal ‘New York Times’ informou que o acordo discutido em Paris aborda uma possível primeira trégua de 30 dias que permitiria a libertação de mulheres e dos reféns mais idosos e feridos. Durante o período, as duas partes negociariam uma segunda fase, que também teria duração de 30 dias e permitiria a libertação dos homens e dos soldados. Segundo o jornal, o acordo também incluiria a libertação de palestinos detidos em penitenciárias de Israel. A guerra deixou 1.140 mortos em Israel e 26.422 na Faixa de Gaza, sendo a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Apesar das negociações em curso, os ataques não param no enclave palestino. Neste domingo, tropas israelenses e combatentes do Hamas voltaram a travar intensos combates no sul de Gaza, o novo epicentro do conflito. O exército israelense indicou no 114º dia de guerra que ocorreram “combates intensos” em Khan Yunis, considerada um bastião do grupo islamista Hamas. Especificou que eliminou “terroristas” e apreendeu “grandes quantidades de armas”. Pelo menos 24 pessoas morreram durante o dia nesta grande cidade do sul, incessantemente bombardeada pela aviação israelense, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

Esses novos episódios da Guerra no Oriente Médio acontecem em um momento em que os países cortaram o financiamento para a agência de refugiados palestinos (UNRWA, sigla em inglês) após revelações de que doze funcionários estariam envolvidos no ataque contra Israel. A ONU disse investigar as acusações e pediu para que os países repensem suas decisões por a população de Gaza depende deste financiamento. "Dois milhões de civis de Gaza dependem da ajuda crítica da UNRWA para sua sobrevivência diária, mas o financiamento atual da UNRWA não permitirá cobrir todas as suas necessidades em fevereiro", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização em Gaza fora do governo da Faixa, que é de fato controlada pelo Hamas desde 2007. A ofensiva israelense deixou mais de 26 mil mortos no enclave palestino, a maioria deles crianças e mulheres, e outros 64.487 feridos, enquanto os sobreviventes enfrentam uma crise humanitária sem precedentes.

*Com informações da AFP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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