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Câmara aprova urgĂȘncia para projeto que pode garantir pagamento do piso da enfermagem

Por Midia NAS em 06/11/2022 às 17:49:04

Fonte: AgĂȘncia Senado

A Câmara dos Deputados aprovou, na Ășltima terça-feira (1), o carĂĄter de urgĂȘncia para o projeto que prorroga para 2023 a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saĂșde e assistĂȘncia social (PLP 44/2022). O texto poderĂĄ ser uma alternativa para o financiamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem.

De autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), o projeto foi aprovado pelo Senado no inĂ­cio do mĂȘs passado e logo enviado à Câmara. A matéria atualiza duas leis que autorizaram a transposição de saldos financeiros ociosos dos fundos. Desse modo, as verbas podem ser usadas dentro das ĂĄreas de saĂșde e assistĂȘncia para finalidades diferentes das originais. Assim, os recursos desses fundos também poderiam ser usados para garantir o piso mĂ­nimo para os profissionais de enfermagem. O objetivo das leis era disponibilizar recursos adicionais para o combate à covid-19 nos estados e municĂ­pios. A autorização, vĂĄlida até o final de 2021, fica prorrogada para o final de 2023.

Heinze disse ter a expectativa de que "o projeto seja aprovado na Ă­ntegra" ainda este mĂȘs. Ele ressaltou, no entanto, que não é possĂ­vel falar em prazo para que o piso realmente esteja em vigor, jĂĄ que "ainda estamos na etapa de aprovação do projeto".

Formulamos uma lei que precisa entrar em vigor. É preciso considerar que caberĂĄ a regulamentação pelo Poder Executivo. Entretanto, sigo comprometido para que possamos garantir efetividade ainda em 2022 — registrou o senador, em entrevista exclusiva à AgĂȘncia Senado.

Suspensão

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do piso da enfermagem foi promulgada pelo Congresso Nacional no mĂȘs de julho. De acordo com a Lei 14.434, de 2022, o piso salarial de enfermeiros fica definido em R$ 4.750; o de técnicos de enfermagem, R$ 3.325; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375. A lei decorre do PL 2.564/2020, do senador Fabiano Contarato (PT-PI), aprovado pelo Senado em novembro do ano passado.

O piso da enfermagem estĂĄ suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ministro Roberto Barroso, autor da decisão, a criação desse piso sem uma fonte de recursos garantida poderia levar a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saĂșde. Desde então, senadores e deputados tĂȘm trabalhado em projetos que possam ajudar nos recursos para garantir o piso.

Opções

O Senado também trabalha em outros projetos que podem servir de fonte de recursos para o pagamento do piso. Um deles é o que reabre o prazo de adesão ao programa de repatriação de recursos não declarados (PL 798/2021). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou na semana passada que a matéria deve retornar à pauta do PlenĂĄrio neste mĂȘs de novembro.

A expectativa é que os impostos revertam para estados e municĂ­pios poderem honrar o compromisso justo que nós aqui acordamos com a enfermagem em geral do nosso paĂ­s — afirmou Pacheco.

Outro projeto que pode ajudar no piso da enfermagem é o que cria o Regime Especial de Atualização Patrimonial (Reap). O objetivo do PL 458/2021 é permitir a atualização de valores e a correção de dados de bens móveis e imóveis de propriedade de pessoas fĂ­sicas ou jurĂ­dicas residentes ou domiciliadas no Brasil, com a consequente aplicação de alĂ­quota especial do Imposto de Renda sobre o acréscimo patrimonial e a exclusão de penalidades decorrentes da omissão objeto de correção. Uma parte da arrecadação seria destinada para o piso. Do senador Roberto Rocha (PTB-MA), a matéria foi aprovada pelos senadores em abril do ano passado e aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Uma outra proposta também pode ajudar nos recursos para o piso da enfermagem. Do senador Luis Carlos Heinze, o PL 1.417/2021 prevĂȘ o pagamento de um auxĂ­lio financeiro pela União para as santas casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos. O benefĂ­cio é estimado em R$ 2 bilhões e deve ser direcionado ao pagamento dos profissionais de saĂșde. O texto foi aprovado no Senado em outubro de 2021 e encaminhado à anĂĄlise da Câmara dos Deputados.

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