O Governo do Estado vai investir R$ 15 milhões para garantir a segurança hídrica nas comunidades indígenas Jaguapiru e Bororó, em Dourados. O anúncio foi dito nessa terça-feira (30) pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), durante reunião com representantes das aldeias, órgãos federais como DSEI e Sesai, bancada federal e municípios.
O objetivo é atender a uma pauta antiga da comunidade local, que é o abastecimento de água adequado. "Buscamos uma solução que não seja paliativa e sim definitiva. O investimento é considerável e o projeto é para estruturar o abastecimento de água com qualidade. A obra pode ser executada pela Sanesul, porém, é necessário um plano de governança para gerenciamento do sistema", explicou o governador.
Durante o encontro, foi confirmado que o Governo Federal vai aportar recursos de R$ 44 milhões como parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e ainda que a Hidroelétrica Itaipu Binacional já sinalizou mais R$ 45 milhões para apoiar o investimento. A previsão é de que o total de recursos chegue a R$ 104 milhões.
"A partir do grupo de trabalho, junto com a Sanesul, com observação em campo, apenas com esse levantamento inicial garantimos água para mais de 150 famílias, e seguimos atentos à situação em todo Estado. A água é um direito que precisa ser garantido", afirmou a secretária Viviane Luiza, sobre ações do Estado realizadas em 2023, com abertura de mais de 5 mil metros de rede de abastecimento e 2,5 mil metros de ramais, atendendo comunidades que esperavam há duas décadas por água.
"Já existe um projeto, de dois superpoços, que vai melhorar a questão da água na região sul. O diagnóstico realizado em 2023 ajuda a traçar um caminho para solucionar tudo isso", afirmou Tapeba, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.
A Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), órgão do Ministério da Saúde, é responsável pela atenção primária à saúde e pelo saneamento para os povos indígenas aldeados no Brasil. Para auxiliar, a Sanesul executou, a pedido do Governo do Estado, um projeto macro com o quantitativo de poços e reservatórios necessários para atender toda a Reserva Indígena pelos próximos dez anos.
"A Sanesul esteve na aldeia durante 90 dias. A obra do sistema definitivo, a gente consegue fazer, temos estrutura técnica e operacional", afirmou o presidente da Sanesul, Renato Marcílio.
Ao menos dois encaminhamentos resultaram do encontro na governadoria, primeiro é o emergencial, que DSEI e Sesai irão somar forças para garantir que um caminhão pipa esteja em todos os locais com falta de água, e, também, será feita uma audiência pública com apresentação do projeto, desenvolvido pela Sanesul, para as comunidades indígenas.