Terceiro maior hospital do Brasil em internações de indígenas recebe placas informativas em Guarani
As placas foram instaladas desde a recepção do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) até os demais ambientes de livre circulação.
As placas foram instaladas desde a recepção do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) até os demais ambientes de livre circulação. Hospital de MS recebe placas informativas em GuaraniO terceiro maior hospital do Brasil em internações de indígenas, Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), instalou em todo ambiente de livre circulação placas informativas em Guarani. O hospital é responsável por atender mais de 13 mil indígenas Guarani Kaiowá e Terenas que vivem nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Em todo o estado são mais de 116 mil indígenas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).As placas foram instaladas desde a recepção até os demais ambientes de livre circulaçãoAldemir Romero/ TV MorenaAlém das placas, outra medida para facilitar a comunicação com os pacientes é ter em sua rede de colaborados 15 profissionais da saúde que tem conhecimento do idioma guarani, atuando principalmente no momento de fazer a tradução durante o atendimento. "Nós percebemos que eles se sentem mais à vontade, eles conseguem passar pra gente a necessidade que eles tem e o que realmente eles estão sentindo. Até a dor, para ele falar para a equipe ele não fala, se for um interprete, um técnico de enfermagem ou um residente eles conseguem falar e dizem também a intensidade dessa dor", explicou Rosimayre Viana Nascimento é enfermeira especialista em saúde indígena e membro do comitê especializado que atua no HU.Para o hospital, foi fundamental ter essa comunicação mais próxima e o olhar mais atento as necessidades dos povos originários. "Colocar nós, profissionais de saúde, num entendimento de saúde da perspectiva dele, isso é muito importante. Essas coisas precisam ser feitas como foi, na perspectiva deles, do que eles acham importante para o atendimento deles", garantiu o superintendente do HU-UFGD, Hermeto Macario Amin Paschoalick.Placas são sinal de inclusão e também respeito aos origináriosAldemir Romero/ TV MorenaPara o técnico de enfermagem indígena o respeito pela identidade dos indígenas faz toda a diferença. Da etnia Guateka, que é a união entre Kaiowá e Terena, Leoson Mariano atualmente na Aldeia Jaguapiru, também em Dourados, e é o primeiro indígena concursado do hospital. "Quando a gente sai da nossa aldeia para vir buscar um atendimento é uma alto defesa nossa se calar. A gente fica mais fechado e mais quieto por conta de todo o preconceito que a gente sofre. Então eu fico muito contente porque a gente vê que essa inclusão que o HU tá fazendo pode ser o começo de muitas outras inclusões que o nosso povo precisa para que tenham acesso e atendimento digno daquele serviço que ele procura", finalizou. Veja acima o vídeo em que Leoson agradece pela inclusão, em Guarani. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: