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Policial quis comprar silĂȘncio de vĂ­tima de estupro, diz advogado

O advogado que representa a mulher vĂ­tima de estupro coletivo cometido por 11 policiais militares em agosto de 2023, no GuarujĂĄ, litoral paulista, diz que ela recebeu uma proposta para ganhar R$ 30 mil, em troca de seu silĂȘncio em torno do caso.

Por Midia NAS em 02/02/2024 às 18:08:46
Foto: Reprodução internet

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O advogado que representa a mulher vĂ­tima de estupro coletivo cometido por 11 policiais militares em agosto de 2023, no GuarujĂĄ, litoral paulista, diz que ela recebeu uma proposta para ganhar R$ 30 mil, em troca de seu silĂȘncio em torno do caso. Quem tentou fazer com que desistisse de denunciar a violĂȘncia cometida contra ela foi outro policial, segundo a vĂ­tima.

A Ouvidoria da PolĂ­cia do Estado de São Paulo pediu o afastamento imediato dos policiais militares apontados como autores do crime e que a Corregedoria adote medidas. O órgão diz que que tomou conhecimento do caso pela imprensa e que oficiou a PolĂ­cia JudiciĂĄria, solicitando mais detalhes, incluindo os laudos periciais.

O advogado Allan Kardec Iglesias disse que o combinado seria que a mulher mudasse a versão registrada em boletim de ocorrĂȘncia, livrando os policiais da culpa pelo crime, como condição para ficar com a quantia. O advogado tambĂ©m informou à AgĂȘncia Brasil que ela contou a familiares o que havia acontecido e, apesar de ter sido acolhida, tentaram convencĂȘ-la a não levar adiante a investigação do episódio.

A vĂ­tima engravidou após o estupro, descobrindo a gravidez em dezembro, quatro meses depois da agressão. Conforme esclareceu Iglesias, a mulher decidiu fazer um aborto e uma das exigĂȘncias do hospital foi a apresentação do boletim de ocorrĂȘncia.

A regra, no Brasil, Ă© a de que a rede no Sistema Único de SaĂșde que realiza esse tipo de procedimento não possa exigir o documento, nem exames, bastando a palavra da vĂ­tima. A vĂ­tima havia ido a um outro hospital, anteriormente, que fez a mesma exigĂȘncia e a orientou a procurar o segundo, porque a gravidez jĂĄ tinha passado de 20 semanas e, com isso, o aborto teria que ser feito na unidade indicada.

Nesta quinta-feira (1Âș), quando procurada pela AgĂȘncia Brasil, a Secretaria da Segurança PĂșblica afirmou que a PolĂ­cia Civil apura o caso e que "diante da gravidade da denĂșncia", a PolĂ­cia Militar instaurou uma sindicância para investigar a participação de agentes da corporação no crime notificado.

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